Esportes
Técnico do Bagé afirma: “enquanto tivermos 1% de chance, temos que acreditar”
por Yuri Cougo Dias
Ainda faltam quatro rodadas para o encerramento da primeira fase da Divisão de Acesso. E, mesmo que tenha se complicado, o Bagé ainda possui chances matemáticas para classificação às quartas de final. Para isso, precisará ter uma sequência de vitórias que ainda não teve, visto que três dos quatro próximos adversários são equipes que ocupam as posições de cima do grupo. E a primeira missão é contra o Monsoon, neste sábado, às 15h30, no Sesc Protásio Alves, em Porto Alegre.
Ainda sobre a derrota por 4 a 2 para o Aimoré, o técnico do Bagé, Leocir Dall’Astra avalia que a atuação teve dois tempos totalmente distintos. “Posso separar os 45 minutos iniciais dos 45 minutos finais. Me falaram que há muito tempo o Bagé não fazia um primeiro tempo de excelência. Fizemos o gol, dominamos a partida em termos táticos, de ofensividade e tivemos três ou quatro chances. Iniciou o segundo tempo e, infelizmente, levamos um gol de contra-ataque, e, logo em seguida, tivemos a expulsão do centroavante”, contextualiza.
Diante disso, Dall’Astra afirma que o time se desorganizou em campo e nada mais conseguiu realizar. “Nós nem tivemos tempo de organizar o time e tomamos o segundo. O time se desorganizou e se desequilibrou, e a cada contra-ataque, tomamos um gol. Tentei fazer duas linhas de quatro, colocando o Mário na frente e tirando o Canhoto. Mas as coisas não aconteceram. Estou muito triste, não dormi a noite direito, pois estávamos a um passo da classificação. Agora, temos que buscar nos próximos quatro jogos a solução”, afirma.
É evidente que o resultado trouxe abalo no vestiário. No entanto, o treinador quer aproveitar a semana cheia para se preparar para esses últimos confrontos da primeira fase. “Lógico que ficamos tristes, mas se ficar só pensando nisso você deixa de trabalhar e achar que pode conseguir. Enquanto tivermos 1% de chance, temos que acreditar. Temos um difícil jogo fora, mas o importante é estar consciente que o trabalho está sendo bem feito. Alguns resultados vieram, mas este não. Era um jogo que estava na mão. E mesmo com um jogador a menos, tivemos oportunidade de fazer gols. Perdemos nos contra-ataques com a desorganização. Agora, não adianta chorar, temos que buscar no próximo jogo”, ressalta.
A repercussão do caso Fernandinho
A rescisão do meia Fernandinho acabou sendo o principal assunto do começo da semana do futebol bajeense, tirando o foco da própria participação na Divisão de Acesso. Depois do Bagé ter anunciado, na manhã de segunda-feira, sua saída, o jogador emitiu, na tarde de terça-feira, uma nota à imprensa para expor sua versão dos fatos.
Sobre estar fazendo tratamento de fisioterapia desde fevereiro, o jogador relatou que, depois da pré-temporada, teve uma pequena lesão que exigiu o tratamento. No comunicado, Fernandinho também negou que tenha solicitado a rescisão de contrato e afirmou que soube do desligamento pela matéria publicada. O meia também rechaçou que a saída seria consequência da cobrança dos torcedores que entraram no vestiário após a derrota para o Aimoré.
Na noite de terça-feira, a direção do Bagé emitiu mais um comunicado, reconhecendo que propôs a rescisão, porém, argumentando que a decisão foi por questões disciplinares extracampo que teriam ocorrido por duas vezes consecutivas.