Social
Apenas uma crônica
"A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de começar de novo." (F. Scott Fitzgerald)
por Giana Cunha
Dos meus estilos preferidos de leitura são as crônicas, fui em busca de informações sobre esse jeito tão próprio de escrever e perceber o que na volta acontece.
Por vezes os temas parecem escassos e como um estalo eles aparecem e se desenrolam como o fio de uma meada de lã.
Estilo líquido, fluido que goteja a cada canto do olhar.
Em busca dos autores antigos, caí num universo de crônicas escritas noutros tempos. Fernando Sabino, Lima Barreto, Clarice Lispector, Raquel de Queiroz, cada um com a sua percepção.
No Brasil, a fase mais prodigiosa desse estilo aconteceu entre os anos de 1950 e 1960. No Instituto Moreira Sales, mais de 10 mil textos em recortes de jornais são salvaguardados, agora digitalizados e disponibilizados em sua base de dados.
Elvia Bezerra, coordenadora do Instituto, diz que “As Crônicas são o coração de um jornal, tal o apelo que exercem sobre os leitores, que nelas buscam liberdade e leveza, sem perda de solidez”.
Bagé tem os seus cronistas e poetas, que silenciosamente fazem bater o pulsar de nossas artérias. Escrever registra a história de outros tempos e nos faz refletir, sobre o agora. Quantas mudanças e semelhanças, pelo menos nos anseios.
A busca pela leveza é praticamente eterna. Que a gente consiga encontrá-la.