Cidade
Documentário Ori destaca as marcas afro-brasileiras na Fronteira Gaúcha
por Jaqueline Muza
A produção de 'Ori: a cabeça é meu guia' está em processo de finalização das filmagens previstas para o mês de maio. O projeto tem por objetivo expandir o entendimento sobre a religiosidade afro-brasileira e suas principais características presentes na cidade de Bagé e região.
Iniciado em 2019, Ori teve interrupções na pandemia entre 2020 e 2022, sendo retomado em 2023, com os recursos da Lei Paulo Gustavo. Os depoimentos captados em 2019 ganharam proporção ao se encontrarem com as conversações pós-pandêmicas. O documentário nasce da preocupação coletiva com a crescente e explícita intolerância religiosa na sociedade brasileira. Dessa forma, demonstra a necessidade de aprofundar a discussão sobre os temas de matriz africana.
A equipe é formada por Ana Paula Ribeiro, no roteiro e direção, Patrick Corrêa, na coordenação, Marcelo Pires, na fotografia, Darlan Fernandes, no projeto gráfico, Antoniel Lopes, na área de pesquisa, e Ana Julia Souza, na pós-produção. “Ori é o conceito que nos faz quem somos, a nossa essência, a nossa luz interior. É a chama sagrada que nos guia influenciando nossas decisões e destino. Sua importância é tão grande que é considerado um tesouro espiritual, uma bússola que orienta nosso caminho”, declara Ana Paula.
A contextualização do conteúdo conta com depoimentos de lideranças religiosas com referência no Rio Grande do Sul e na América Latina, profissionais da área de educação e história. Em simultaneidade ao projeto documental, a equipe de Ori prepara-se para construção de atividades didáticas em escolas através de convites recebidos após o conhecimento das etapas do projeto.
O projeto Ori conta com apoio da Odo Axé e está sendo realizado através da Lei Paulo Gustavo, com recursos do Ministério da Cultura e Secretaria Municipal de Cultura de Bagé.