Cidade
Custo dos alimentos essenciais preocupa bajeenses
por Melissa Louçan
Os bajeenses enfrentam batalhas com os preços dos alimentos essenciais em constante flutuação. No mês de março, os números divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIEESE indicaram um aumento significativo no custo da cesta básica em Porto Alegre, atingindo a marca de R$ 777,43.
A capital gaúcha, como destacado anteriormente pelo Dieese, tem sido consistentemente classificada como uma das cidades com a cesta básica mais cara do país no início deste ano. Lembrando que o estudo é realizado somente nas capitais para tirar "uma febre" da situação no resto do estado.
Itens de hortifruti, que não fazem parte da cesta básica, estão entre os que mais apresentaram variação de preço; destaca-se o tomate longa vida, cujos valores oscilaram entre R$ 8,99/kg e R$ 9,99/kg. Da mesma forma, a cebola variou entre R$ 7,99/kg e R$ 9,99/kg, enquanto a batata inglesa e a cenoura registraram flutuações de R$ 5,99/kg a R$ 7,99/kg e R$ 6,99k/g a R$ 9,99/kg, respectivamente. No entanto, foi a alface americana que experimentou a maior amplitude de preços, indo de R$ 4,99 a R$ 9,89 por unidade.
Vale destacar que o mês de abril não trouxe alívio para os desafios enfrentados pelos produtores locais, especialmente no cultivo da alface. Uma combinação de fatores, incluindo temperaturas elevadas e intensidade de chuvas concentradas, prejudicaram significativamente as lavouras e suas produções. Além disso, deficiências na oferta e uma qualidade inferior das hortaliças impactaram diretamente as cotações, elevando ainda mais os preços para os consumidores.
O empresário Henrique Hendler, proprietário de uma rede de fruteiras, explicou ao JM que a demanda por produtos permanece estável ou aumenta, enquanto os produtores estão reduzindo sua produção. Segundo ele, produtores mais antigos estão diminuindo ou cessando suas atividades e a nova geração não está se interessando pela agricultura, preferindo outras formas de trabalho. Hendler também citou o aumento nos custos de plantação e a escassez de mão de obra como outros fatores contribuintes para a situação atual da flutuação de valores.