Cidade
Greve de servidores das instituições de educação federais pode afetar Bagé
por Melissa Louçan
A mobilização dos servidores das instituições de educação federais está ganhando força em várias regiões do país. O Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), por exemplo, aderiu ao movimento em alguns campi da instituição - o campus de Bagé mantém, até o momento, suas atividades normalmente; mas outros campi, como os de Pelotas, Jaguarão e Camaquã enfrentam paralisações parciais ou integrais.
A decisão de greve foi tomada após uma assembleia geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), ocorrida na semana passada. Esta mobilização abrange docentes e técnicos administrativos de diversas universidades federais, institutos federais e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) em todo o país.
Francilon Simões, coordenador de organização do Sinasefe-IFSul, enfatiza que a adesão à greve está crescendo. "Até o momento, temos calendário suspenso em vários campi, com expectativa de suspensão em mais dois até o final da semana", disse Simões. Ele destaca ainda que a greve está sendo construída em toda a base do IFSul e que atividades com os servidores do campus de Bagé estão programadas para essa semana.
A adesão à greve, segundo Simões, não é determinada pela suspensão do calendário em cada campus, mas sim pela decisão tomada na assembleia geral da categoria, realizada em 28 de março. "Os servidores vão avaliando sua adesão à greve, e conforme essa adesão aumenta, a direção do campus suspende o calendário", explica.
Os servidores em greve reivindicam melhorias nas carreiras, nos salários e nos orçamentos das instituições federais de educação. A greve, organizada pelo Sinasefe em suas mais de 80 seções sindicais, tem duração indeterminada.
Além do IFSul, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) também pode aderir à greve. Suzana Cavalheiro, docente da Unipampa no campus de Dom Pedrito e membro da diretoria da seção sindical dos docentes, relata que foi aprovado o estado de greve em uma assembleia recente. "Estamos dispostos, enquanto categoria, a avaliar a construção de uma greve docente", afirma Cavalheiro. Uma assembleia com pauta de deflagração está marcada para o próximo dia 9 de abril, seguida por uma reunião do Setor das IFES no dia 10 de abril, onde se espera obter um panorama mais amplo da mobilização.
Até o momento, não há definição sobre mobilização para deflagrar a greve entre os técnicos administrativos da Unipampa.