Cidade
Bagé ainda contabiliza danos após temporal que deixou vítima fatal
por Melissa Louçan
Após o temporal que atingiu Bagé, na noite de quarta-feira, dia 3, a Defesa Civil do município atualizou os registros dos danos causados pelo forte vento. Segundo informações da estação meteorológica localizada no Aeroporto de Bagé, os ventos alcançaram velocidades de até 96 km/h. As ações mobilizaram três equipes do Corpo de Bombeiros Militar, que atuaram no corte de árvores caídas sobre residências, veículos ou obstruindo ruas, além de realizarem a cobertura de casas atingidas.
O coordenador da Defesa Civil, Person Bueno, informou que os números estão sendo constantemente atualizados, porém a situação é estável no momento. Cerca de 94 situações de crise foram registradas, principalmente devido à queda de árvores que obstruíram as vias.
A queda de postes de luz resultou em interrupção no fornecimento de energia em áreas como Ivone, Vila Gaúcha, Kennedy, São Jorge, Mascarenhas, Jardim do Castelo e Morgado Rosa. Muitos ainda aguardam o restabelecimento do fornecimento de energia. Mais de 32 casas tiveram seus telhados danificados.
Em relação à rede de energia elétrica, a CEEE Equatorial informou que o vento forte que afetou as regiões da Campanha e Sul deixou 30 mil unidades consumidoras sem energia. Até o final de quinta-feira, ainda havia 17 mil clientes sem energia. Durante o dia, a energia elétrica foi restabelecida para 13 mil unidades consumidoras nas duas regiões. As cidades mais atingidas foram Bagé, com 11 mil clientes sem energia, e Pelotas, com 1 mil sem energia. Equipes da Companhia estão nas ruas, trabalhando ininterruptamente para normalizar a situação o mais rápido possível.
Jovem morre no Passo da Alexandrina
Vale lembrar que a queda de postes e fios de luz, inclusive, vitimou uma pessoa na zona rural do município, na manhã de quinta-feira. Murilo Vieira dos Santos, 24 anos, foi vítima de eletrocussão após o cavalo em que estava pisar em um fio de alta tensão caído.
Santos, que seguia rumo a um rodeio, morreu no local, no Passo da Alexandrina, junto a dois cavalos. Segundo relatos em registro de ocorrência policial, o fio caído já havia sido informado à empresa em duas ocasiões: na noite de quarta-feira e no início da manhã de quinta-feira; ou seja, antes mesmo da tragédia se consumar. Inclusive, a empresa demorou cerca de três horas para realizar o desligamento da rede - o acidente aconteceu por volta das 10h30min da manhã e o desligamento só ocorreu às 13h30min da tarde. Neste período, algumas equipes chegaram até o local, mas não apresentaram os equipamentos necessários para realizar o desligamento de forma segura.
A Equatorial, através de nota emitida na noite de quinta-feira, ressaltou a postura de aguardar "com prudência e responsabilidade os desdobramentos dos fatos e a completa apuração das causas e circunstâncias do acidente".