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Robotchê: rover desenvolvido por bajeenses é transportado para a Nasa
por Alana Portella Gonçalves
Após nove meses de preparativos e cinco de construção, partiu para os Estados Unidos, esta semana, o 'Robotchê', rover desenvolvido por quatro alunos da Escola Estadual Frei Plácido, de Bagé. Compondo a única equipe brasileira, os estudantes participarão de um projeto da Nasa, para o Human Exploration Rover Challenge (Herc), que ocorre em Huntsville, no Alabama.
A equipe formada por Isabélli Marques, Sofia Cuadros, Bernardo Freitas, Carlos Eduardo Munhoz, além do professor Rodimar Acosta e da diretora Sônia Machado Trindade decola para os Estados Unidos no dia 14 de abril. No mesmo dia, a expectativa é que o Robotchê aterrisse em solo americano. Na última semana, o grupo participou de uma apresentação do relatório de prontidão operacional, última revisão com a Nasa antes do dia da competição.
Segundo Isabélli, a pintura do Robotchê, apelidado carinhosamente através de uma votação entre o público de Bagé, foi a parte mais divertida. "Nós pintamos todo ele e foi muito legal. A construção demorou bem mais do que esperávamos, mas conseguimos enviar tudo no prazo", destaca. Por enquanto, fotos do Rover ainda serão surpresa, exibidas somente após o desafio. Agora, fica a torcida para a única equipe do Brasil que representa também os bajeenses.
Desafio
O evento anual, que acontece em Huntsville, apresenta um desafio de design de Engenharia para envolver os alunos na próxima fase da exploração espacial humana. O objetivo é desafiar os alunos a criar um veículo movido à tração humana projetado para atravessar a superfície simulada de outro mundo e completar tarefas de missão ao longo do caminho. As equipes de alunos projetam, constróem e testam tecnologias que permitem que os rovers funcionem em uma variedade de ambientes.
O veículo irá passar por um terreno simulando Marte, Lua e outros corpos do sistema solar. O valor para a construção do carrinho foi orçado em R$ 17,6 mil.