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Pedro Terra é eleito Melhor Compositor no Prêmio Açorianos 2021
por Melissa Louçan
Na noite de segunda-feira, o jovem músico bajeense, Pedro Terra, recebeu uma das maiores honrarias voltadas ao setor cultural do Estado – o Prêmio Açorianos de Música. Finalista em duas categorias do gênero Regional - também concorreu a Melhor Intérprete - levou para casa o troféu de Melhor Compositor pelo álbum Canções de Amor à Terra Bruta. A entrega da premiação aconteceu na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, exatamente no Dia do Músico.
Aos 30 anos, o jovem destaca a importância do reconhecimento ao trabalho desenvolvido por ele, que concorreu com amigos e ídolos da música regionalista, como Edilberto Bérgamo e Guilherme Collares, também bajeense. “Ser indicado ao lado de grandes artistas, grandes compositores e intérpretes, esse já é um grande prêmio. É uma alegria muito grande estar vinculado a estes nomes que eu tanto admiro”, destaca.
Apesar de jovem, Terra - que foi batizado artisticamente pelo poeta Eron Vaz Mattos - já conta mais de duas décadas de carreira musical. Debutou nos palcos ainda criança, em 1999, no festival 1º Grito do Quero-Quero, ocorrido em Herval do Sul. A partir de então, começou a realizar apresentações em festivais de folclore no vizinho país Uruguay. Desde então, já colaborou com diversos expoentes da música gauchesca, tendo participado como violonista, gaiteiro, contrabaixista e arranjador em mais de 10 álbuns, desde 2001.
O trabalho premiado, “Canções de Amor à Terra Bruta”, foi lançado neste ano, trazendo um conteúdo quase inteiramente autoral, com parcerias de artistas e músicos. Terra explica que o álbum é uma homenagem ao seu pago, ao homem do campo e ao povo rio-grandense.
Embora a formação artística de Pedro Terra seja alicerçada na música regional gaúcha, as doze faixas que compõem o álbum entregam influências dos folclores argentino e uruguaio e também de estilos universais, como MPB (Música Popular Brasileira), Jazz e Rock. “Eu cresci escutando Mano Lima, Noel Guarany, Cenair Maicá, Osíris Rodrigues Castillos, Athaualpa Yupanqui, Ramona Galarza, Los Olimareños, Jorge Cafrune, Tom Jobim, Fito Paez, entre outros. Durante a minha formação profissional também fui atrás de mais conhecimento e estudei outros estilos porque acredito que a música gaúcha pode e deve ir mais longe. Então, neste trabalho as pessoas vão encontrar músicas gauchescas, mas com muitas referências de outros estilos diferentes”, explica o músico.
Com a maior visibilidade que seu trabalho recebeu através da premiação, ele adianta que seu plano, à longo prazo, é lançar luz sobre a música regional e, junto aos músicos já atuantes no mercado, elevá-la a um patamar de maior reconhecimento junto à população. “O que eu sempre espero é poder elevar o padrão da música gaúcha, embora eu saiba que eu ainda tenho muito que aprender, que conhecer e estudar. Mas a minha vontade é levar essa música para os maiores palcos que eu conseguir”, ressalta.
O trabalho do músico pode ser acompanhado através das redes sociais, Instagram e Facebook, além do streaming de música, Spotify.