Cidade
Livro com olhar acadêmico sobre a história de Bagé será lançado neste sábado
por Melissa Louçan
Acontece, neste sábado, a partir das 16h, o lançamento da obra literária "História de Bagé - Novos Olhares". O livro foi organizado pelos historiadores Gustavo Andrade, Clarisse Ismério e Maria Medianeira Padoin, reunindo 25 autores em 22 capítulos, cada um com uma novo enfoque sobre a história da Rainha da Fronteira e região.
Andrade explica que apesar da larga produção sobre história da cidade, alguns quesitos ainda não haviam sido explorados de forma mais aprofundada. Assim, então, teve a ideia de condensar no livro os trabalhos acadêmicos produzidos recentemente, não apenas sobre Bagé, mas também sobre a região. Assim, uniu forças com Clarisse e Maria Medianeira para selecionar os trabalhos para compôr a obra, com o objetivo de aproximar a academia da comunidade.
Andrade relata que as pesquisas trazem novos olhares dos autores selecionados, pesquisadores com sólido trabalho de apuração, atendendo às normas e metodologias de pesquisa acadêmica, garantindo confiabilidade ao resultado final. Conforme explica o historiador, o livro também é uma forma de reunir as produções para que interessados na temática ou futuros pesquisadores possam ter acesso à uma fonte de pesquisa segura e ampliada.
Além disso, a obra também reconhece os pesquisadores locais, destaques em pesquisas sobre a história regional. Inclusive, o livro traz textos de dois renomados pesquisadores do município, Elizabeth Macedo de Fagundes e José Carlos Teixeira Giorgis. Cada um deles prefacia uma das partes do livro: a primeira parte, denominada Patrimônio, Cultura e Sociedade, traz o prefácio de Elizabeth, e a segunda parte, chamada Fronteira, Economia e Política, traz o texto de Juca Giorgis. "Muito já foi escrito, o livro reconhece isso. Mas a proposta é dar um passo além. A história não é estática no tempo, ela se modifica de geração em geração, a partir dos problemas impostos pelo presente. A cada geração surgem novas perguntas para antigos objetos de pesquisas. Isso suscita novas produções", destaca.
Ao longo dos 22 capítulos, escritos por historiadores, museólogos, arquivistas, biblioteconomistas, e pessoas de áreas diversas, a obra busca, também, pensar além do limite nacional, inserir a história de Bagé como parte de um espaço fronteiriço platino. "Bagé é uma cidade de fronteira, não está limitada culturalmente aos limites territorial-político. O livro propõe pensar Bagé como parte de um espaço regional muito maior”, aponta.