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Cidade

Morre jornalista e dramaturga Edy Lima

Em 01/05/2021 às 14:40h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Morre jornalista e dramaturga Edy Lima | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Grupo Editorial Global/Reprodução JM

Morreu neste sábado,  1° de maio, em São Paulo, a jornalista e dramaturga bajeense Edy Lima, 96 anos. Ela estava internada no hospital Sancta Maggiore da Mooca, há três dias. O neto, Francisco Guarnieri, explica que Edy estava com anemia profunda, provavelmente por conta de uma mielodisplasia, mas não chegou a ter o diagnóstico. 

Edy deixou Bagé aos 17 anos. Permaneceu durante um tempo em Porto Alegre, onde atuava como repórter da Revista do Globo. Na capital gaúcha, fez parte da cena cultural local, cujo expoente era Mário Quintana. O poeta, inclusive, foi amigo particular de Edy e para ela escreveu poesias, a próprio punho.

Após troca de correspondência com Monteiro Lobato, foi incentivada a se mudar para São Paulo. O escritor, aliás, ofereceu auxílio à bajeense na procura por residência e emprego. Uma entrevista com Edy publicada pelo jornal Estadão, em 2009, reproduziu trechos da carta de Lobato, a quem a jovem escritora havia encaminhado textos de sua autoria.

Chegada em São Paulo, na década de 1940, trabalhou no Jornal de São Paulo e no Diários Associados. Por duas décadas foi editora de um caderno feminino, onde buscava sempre publicar assuntos considerados, então, de vanguarda, incentivando a independência feminina. O tema também permeou suas demais obras, mesmo o clássico A Vaca Voadora, cujas personagens centrais geralmente são mulheres independentes e à frente do seu tempo.

Edy se destacou como integrante do Teatro de Arena, onde escreveu A Farsa da Esposa Perfeita, sucesso de crítica e de público, dirigida por Augusto Boal. No final da década de 1970, foi uma das roteiristas da novela Como Salvar meu Casamento, exibida pela extinta TV Tupy.

Atuou nas adaptações de clássicos da literatura para o público infantil, incluindo Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho, de Lewis Carroll, e Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.

Com mais de 50 livros publicados, grande parte voltada ao público infanto-juvenil, conquistou o maior prêmio literário brasileiro, Jabuti, além de também ter sido premiada pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo e pelo Serviço Nacional de Teatro.

Edy foi a homenageada da Semana de Bagé de 2020, em celebração aos 209 anos da Rainha da Fronteira. Em entrevista ao Jornal Minuano, revelou Bagé sempre esteve presente em suas obras, através de influências e referências. A cidade, inclusive, é o cenário de sete narrativas da obra 'A Quadratura do Círculo'.

A escritora deixa dois filhos (Ana Cristina e Eduardo), três netos (Francisco, João e Tainá) e dois bisnetos (Pedro e Joaquim). Edy será velada das 17h às 21h, no Funeral Morumbi, em São Paulo. Após, será cremada. "O desejo dela é de que as cinzas fiquem no centro cultural de Santa Thereza, em Bagé", contou o neto.

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