Congrega 2k20
Tulio Milman fala sobre transformação digital em palestra no Congrega
Na quinta-feira à noite, o Congrega Urcamp 2k20 teve a presença do jornalista Tulio Milman, que realizou uma palestra com o tema “Transformação Digital”. Milman é editor de Opinião do Grupo RBS, colunista da GauchaZH e comentarista do Jornal do Almoço, na RBS TV.
por Melissa Louçan
por Bianca Vaz
Na quinta-feira à noite, o Congrega Urcamp 2k20 teve a presença do jornalista Tulio Milman, que realizou uma palestra com o tema “Transformação Digital”. Milman é editor de Opinião do Grupo RBS, colunista da GauchaZH e comentarista do Jornal do Almoço, na RBS TV.
Durante a palestra, o jornalista lembrou que foi da última turma que se formou com máquina de escrever na faculdade de comunicação da PUCRS. “Eu lembro que quando terminei a faculdade, na década de 80, estavam instalando os computadores. Então eu, realmente, sou a testemunha viva desta transformação”, afirmou.
Além disso, ele também destacou a questão da formação de bolhas com a transformação digital. Milman lembrou que na sua infância, quando queria informações sobre futebol, precisava ouvir programas com informações e comentaristas com opiniões diferentes das suas. "A gente era criado num ambiente em que a diferença e a divergência eram intransponíveis", afirma.
Hoje, com a internet, Milman afirma que foram criadas bolhas de opinião, “uma pessoa normal é cercada por opiniões que convergem com a dela, por torcedores do time dela, por produtos que são familiares a ela. O algoritmo vai te indicando isso e a gente começa a achar que o mundo é isso”, destaca. Assim, segundo ele, é criada uma fragmentação do fato. “A gente pode ter verdades múltiplas convivendo ao mesmo tempo, inclusive verdades antagônicas. Onde isso vai nos conduzir, eu realmente não sei”, declarou.
Ao responder questões do público avaliou que o encantamento das pessoas pela tecnologia como significa único da mudança precisa mudar. Para ele, o que importa não são só os meios tecnológicos mas o que todos estão fazendo com a tecnologia. “Não podemos esquecer de perguntar se estamos usando isso tudo para algo bom, não podemos perder nossa humanidade”, concluiu.