MENU

Identifique-se!

Se já é assinante informe seus dados de acesso abaixo para usufruir de seu plano de assinatura. Utilize o link "Lembrar Senha" caso tenha esquecido sua senha de acesso. Lembrar sua senha
Área do Assinante | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler

Ainda não assina o
Minuano On-line?

Diversos planos que se encaixam nas suas necessidades e possibilidades.
Clique abaixo, conheça nossos planos e aproveite as vantagens de ler o Minuano em qualquer lugar que você esteja, na cidade, no campo, na praia ou no exterior.
CONHEÇA OS PLANOS

A gula de Dom Diogo

Em 17/09/2024 às 11:53h, por José Carlos Teixeira Giorgis

Dom Diogo de Souza, estadista, vice-Rei da Índia, governador de Moçambique e Maranhão, Primeiro Governador Geral do Rio Grande do Sul, fundador de Bagé e Torres e Comandante em Chefe das Operações do Exército Pacificador, era um amigo pessoal de Dom João VI, Rei que passou para a história como um comilão, embora historiadores ressaltem que fora um grande administrador e a quem o Brasil muito deve. Ardiloso, soube responder à invasão de Portugal por Napoleão de várias maneiras. Inclusive, não entregando sua Coroa ao Corso, sendo a única joia que que este não pode usar e presentear seus parentes, como seu hábito. De outro lado, Dom Diogo ficou na história, sem se saber que era um comilão famoso, segundo conta Dante de Laytano.

É folclórico o encontro dos dois: diz-se que ambos atravessaram grande parte dele falando em comida, o que não é desprezível, pois nas velhas aldeias calabresas é elogio para alguém com que se inicia uma conversa perguntar o que comeu. O aproveitamento da geada foi uma ideia única de Dom Diogo de Souza, nos idos de 1812. Oferecendo uma recepção em seu simpático solar do Caminho Novo, em Porto Alegre, ocorreu-lhe proporcionar aos convidados uma surpresa: fez expor às fortes geadas que caiam em época de inverso rigoroso, vasilhas contendo água a que adicionara certa porção de sumo de laranja e lima. À uma hora da madrugada, recolhidos os recipientes, nos quais o líquido gelara completamente, mandou moer parte do sólido transparente e cortar em lâminas outra parte, proporcionando aos visitantes admirados a sensacional novidade. Reza a lenda que o obséquio muito agradou a todos. E que damas e cavalheiros, desmanchando na boca o esquisito granizo ou “ lambendo as delgadas lâminas de vidro açucarado” muito se deleitaram do invento.

*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.

Paulo Geremia, filho de imigrantes vindos da Província de Vicenza, no Vêneto, junto com familiares, é proprietário da rede de restaurantes Di Paolo, hoje em 14 endereços do Rio Grande (Porto Alegre, junto ao Aeroporto, Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias, Novo Hamburgo; também em Santa Catarina, Paraná; São Paulo). Há pouco fez o lançamento de seu livro “ Di Paolo 30 Anos: Alegria e Vontade. Dalla Serra Gaúcha al Brasile e al mondo”, onde narra sua trajetória empresarial.

Garçom durante muitos anos, ajudante de restaurante, finalmente dono em 1994, hoje mais de 70.000 refeições servidas, e uma reserva de setenta milhões de reais para investimentos futuros na mesma área, ou seja, na gostosa culinária italiana, com suas pastas, galetos, radicci com bacon, capelleti e um bom vinho. E sabe o leitor onde Geremia despertou para seu sucesso? Em Bagé.

{AD-READ-3}

Conta que veio prestar o serviço militar no então 12º Regimento de Cavalaria, onde estava sob o comando de Mauro Henrique Renner, que ali prestava estágio militar. Mauro estudava Direito nas Faculdades Unidas de Bagé e casaria com a bajeense Daia Mara Garcia. Depois de formado fez concurso para juiz, jurisdicionando em algumas comarcas; e em seguida ainda por certame público, ingressa no Ministério Público, onde chegou ao posto máximo de Procurador-Geral. Atualmente é Procurador de Justiça em Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado e professor de Direito Penal na Escola da Fundação do MP.

A ele Geremia presta homenagem de gratidão, pois Mauro o liberou de maior expediente, bondosamente, para frequentar um curso de garçom em nossa cidade, profissão que Paulo adotou e exerceria, mais tarde, em numerosas galeterias e churrascarias, culminando com o Porcão (RJ) e Fogo de Chão (SP), derradeiro local onde foi empregado, logo gerente. E daí para a autonomia e exemplo para os que almejam o sucesso.

Leia Também...
A luz elétrica em Bagé Ontem por Diones Franchi
As árvores da liberdade Ontem por José Carlos Teixeira Giorgis
O príncipe de Salina Ontem por José Carlos Teixeira Giorgis
A chácara de Aparício Saravia Ontem por José Carlos Teixeira Giorgis
Um patrimônio de raízes Ontem por Diones Franchi
PLANTÃO 24 HORAS

(53) 9931-9914

jornal@minuano.urcamp.edu.br
SETOR COMERCIAL

(53) 3242.7693

jornal@minuano.urcamp.edu.br
CENTRAL DO ASSINANTE

(53) 3241.6377

jornal@minuano.urcamp.edu.br