Fogo Cruzado
Divaldo Lara destaca projetos de duas gestões em sessão especial
Chefe do Executivo também respondeu a questionamentos de vereadores e tornou a falar sobre a intenção de disputar o governo do Estado
por Redação JM
Em discurso de pouco mais de quatro horas, realizado durante sessão especial do Legislativo, nesta segunda-feira, dia 18, o prefeito de Bagé, Divaldo Lara, apresentou um balanço de ações realizadas desde 2017. O pronunciamento, tradicionalmente realizado durante a abertura do ano legislativo, foi adiado, em 2024, por uma questão de saúde. O chefe do Executivo também respondeu a questionamentos de vereadores e tornou a falar sobre a intenção de disputar o governo do Estado. O prefeito apresentou um exame toxicológico, com resultados negativos para uso de drogas, e adiantou que vai propor a medida a partir de um projeto de lei.
A temática dos exames toxicológicos foi levantada na sessão de abertura do ano legislativo em 2023. Em sua provável última manifestação como prefeito em sessão de abertura do ano legislativo, considerando que a gestão encerra em dezembro, sem possibilidade de reeleição, Divaldo também detalhou projetos executados e obras em andamento na cidade, destacando ações ligadas à área da infraestrutura. “Um governo precisa ser equilibrado, entre o técnico e o político”, definiu, durante manifestação.
Mencionando a pavimentação da Avenida Attila Taborda, Divaldo afirmou que, quando assumiu a prefeitura, a malha urbana contabilizava 350 quilômetros de ruas sem pavimento. Em suas duas gestões, de acordo com o prefeito, foram concretizados 60 quilômetros de pavimentação em vias públicas, incluindo a obra do Anel Rodoviário. “Pegamos Bagé sem obra de asfalto em andamento”, enfatizou.
Prêmios recebidos por ações de governo, investimento de R$ 11,3 milhões na renovação da frota de máquinas, construção de núcleos residenciais, isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para 10 mil imóveis, a instalação de mais de 130 novas empresas, a Casa de Hospedagem e o pagamento de R$ 270 milhões em dívidas de gestões anteriores foram destacados pelo chefe do Executivo.
O prefeito também respondeu peguntas dos vereadores da base e da oposição. Questionado pela líder do PSB, vereadora Beatriz Souza, Divaldo afirmou que não consegue pagar o piso do magistério porque está pagando todas as dívidas da prefeitura. “Se eu pagar o piso, não pago o salário. Não há viabilidade. O político que pegar o microfone e disser que vai pagar o piso é mentiroso. Por que isso coloca em colapso a folha”, enfatizou.
Em resposta ao vereador Flávius Borba (Dajulia), do PT, Divaldo solicitou, à base, que aceite a montagem da Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) para investigar denúncias envolvendo as próteses auditivas. O colegiado foi proposto e arquivado no ano passado. “Eu quero a CPI. Quero que toda a base assine. Sabe onde vai parar? Vai parar no último ano do PT. O único dinheiro que faltou, e está comprovado, é do exercício de 2016. Nosso governo comprou todos os equipamentos, em todos os anos. O erro foi não ter auditado a saúde auditiva”, disse.
A CPI seria uma resposta à auditoria realizada pela Secretaria Estadual da Saúde, que apontou, no ano passado, a suspeita de desvio de recursos públicos no serviço de reabilitação auditiva da Prefeitura de Bagé, financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Divaldo falou, ainda, sobre o Clube Comercial, salientando que a abertura depende da recuperação da rede elétrica, e salientou que teve todas as contas de gestão aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS).