Fogo Cruzado
Câmara avalia criação de comenda para homenagear religiosos
Honraria sugerida por Helderlins objetiva destacar pessoas que se dedicam ao combate à intolerância e preservação da fé
por Redação JM
Um projeto de Decreto Legislativo, protocolado dia 1º, sugere a criação, pela Câmara de Vereadores, da Comenda de Honra ao Mérito Príncipe Custódio Joaquim de Almeida. A honraria, na prática, objetiva destacar pessoas que se dedicam à religião, independente do credo ao qual atuam.
A matéria, assinada por Helderlins Montanha Etcheverry, prevê a realização de uma condecoração anual, em março e, preferencialmente no dia 21 (Dia Nacional das Tradições Africanas), a quem tiver "comprometimento e devoção, combatendo, portanto, a intolerância religiosa, e tendo por objetivo, ainda, realizar um dia ecumênico na Casa Legislativa, isto é, reunir todas as religiões através da fé".
Ao especificar a legislação, o proponente sugere que "os vereadores poderão sugerir, por escrito, os nomes de pessoas a serem agraciadas, sendo, no máximo, uma por cada Edil, devendo, na indicação, constar resumidamente o motivo da escolha".
O proponente justifica que "considera-se justo para o combate à intolerância religiosa e preservação da fé com reconhecimento às pessoas que dedicam suas vidas à religião, que esta Casa Legislativa, através de nossos pares, aprovem o referido projeto de Decreto para que possamos instituir uma Comenda cujo dia será ecumênico, isto é, voltado a reunir todas as religiões em prol da fé".
Já a respeito da menção de Príncipe Custódio Joaquim de Almeida ao prêmio, cita a trajetória do mesmo: "Chegou ao Brasil em 1899. Vindo da África, passou por Pelotas, Bagé e, nos últimos anos de vida, residiu na Capital Gaúcha, onde morreu aos 104 anos. Em Porto Alegre, o Príncipe Custódio, como ficou conhecido, tornou-se uma referência cultural e religiosa não apenas para a comunidade negra, mas, também, dentre líderes políticos locais. (...) Na Rainha da Fronteira, onde residia antes de morar em Porto Alegre, o Príncipe Custódio também fez história e deixou marcas, principalmente por ter criado vários centros de religião de matriz africana".