Região
Fevereiro tem previsão de temperaturas escaldantes
por Giana Cunha
Depois de um janeiro atípico, com temperaturas mais baixas do que o normal, e que chegou a registrar mínima de 13ºC em Bagé, com chuvas acima da média, fevereiro vem com mudanças no tempo. E quem deixou para tirar férias na praia, agora, vai poder comemorar. Tem gente que conta as horas para o fim do verão, que só encerra no dia 20 de março à meia-noite e quatro minutos. Mas, antes disso, vai ter que enfentar as temperaturas acima da média. Aliás, a projeção é que teremos um verão digno em 2024, com a chegada de fevereiro.
De acordo com a Metsul Meteorologia, o mês começa bastante seco, a exemplo do que vem pela frente. A chuva deve ser muito escassa no Sul do Brasil, com alguns municípios sem registro de precipitação na primeira semana, principalmente no Rio Grande do sul. Já os acumulados podem ser excessivos em partes de Minas Gerais, Goiás e do Distrito Federal.
Para o estado gaúcho, pode ocorrer um aumento na umidade a partir da segunda quinzena de fevereiro, perto da metade do mês e chuvas irregulares para os últimos dias. O alerta fica por conta das culturas de verão, como a soja por exemplo, que pode ser afetada por conta da escasses hídrica. Com o calor, o estresse vegetativo aumenta e não deve ser pior pela chuva volumosa dos últimos meses, que garante índices de umidade no solo muito mais altos que nos últimos verões.
Os próximos dias na região da Campanha prometem ser escaldantes, com a temperatura máxima ultrapassando os 30ºC e chegando aos 36ºC, pelo menos até o próximo dia 11. Essa condição tem influência de uma onda de calor que se espalha em dez províncias da Argentina e que foram colocadas em alerta vermelho, na sexta-feira, pelo Serviço Meteorológico Nacional. Uma grande massa de ar seco e quente, um domo de calor, associado a um centro de alta pressão em altitude, no centro da Argentina, proporciona a longa sequência de dias com tempo firme e quente. Como o calor mais intenso se concentra na Argentina, os efeitos no Rio Grande do Sul se dão mais na Metade Oeste do Estado, embora faça calor também em outras regiões.
Em relação ao El Niño, o último boletim da agência climática dos Estados Unidos indicou que a anomalia de temperatura da superfície do mar, que chegou 1,7ºC acima do normal no Pacífico, região é a usada oficialmente na Meteorologia como referência para definir se há El Niño e avaliar a sua intensidade, deve começar a reduzir. Por conta desta intensidade no Sul do Brasil, houve chuva em excesso na primavera e temporais de maior intensidade.
A previsão da MetSul é de um mês de fevereiro com temperatura alta e muito acima da média em grande parte do Centro-Oeste, Sul e o Sudeste do Brasil.