Região
Consórcio pretende concluir barragem do Arroio Taquarembó
por Redação JM
O resultado da licitação para conclusão das obras da barragem do Arroio Taquarembó e execução dos programas ambientais, que considera apto o consórcio formado pela construtora Sultepa e pela Bourscheid Engenharia, no valor de R$ 130,47 milhões, foi homologado na terça-feira, 23.
Com a publicação do resultado no Diário Oficial do Estado, o processo será encaminhado ao órgão solicitante da licitação, a Secretaria de Obras Públicas, para empenho de valores, tramitação de documentos e assinatura do contrato.
Localizada na divisa dos municípios de Dom Pedrito e Lavras do Sul, a obra é considerada estratégica para o combate às estiagens na região. A barragem compõe, junto ao reservatório do Arroio Jaguari e ao conjunto de canais, um sistema de irrigação que beneficiará aproximadamente 240 mil pessoas e possibilitará a irrigação de 117 mil hectares, na bacia hidrográfica do rio Santa Maria.
As obras da barragem do Arroio Taquarembó começaram em 2009 e foram paralisadas três vezes por conta de alterações no projeto ou por falta ou abandono de empresa. Em 2021, uma empresa foi contratada para avaliar quais ações ainda precisam ser realizadas para a construção da barragem, resultando nesse novo edital.
Até setembro do ano passado, haviam sido executadas etapas importantes da obra, como parte do barramento de concreto, um dique, parte da escavação do canal da tomada de água e parte dos programas ambientais. Ao todo, são aproximadamente 60% de execução. O governo do Estado já investiu R$ 17.382.463,41 na obra, e a União, R$ 78.417.689,13.
O prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto de Freire Gonçalves, salienta que o reservatório está dentro do polo de irrigação do rio Santa Maria, observando que muitas cidades da região terão um impacto positivo com a obra. “A barragem do Taquarembó, tendo as obras retomadas, traz esperança”, pondera.
Na avaliação do chefe do Executivo, a barragem deve contribuir para a diversificação da matriz produtiva de Dom Pedrito, em um processo já consolidado, com a produção de soja, arroz, olivicultura, vitivinicultura e pecuária. “Vamos olhar para nossa vocações, também para nosso passado, e consolidarmos isso, para podermos avançar para novos rumos”, projeta.