Região
MST cadastrará famílias instaladas em Hulha Negra junto ao Incra
Assembleia com acampados, realizada no sábado, definiu sobre processo
por Melissa Louçan
Famílias do Movimento Sem Terra (MST) que ocupam o acampamento em Hulha Negra se reuniram em assembleia, na manhã de sábado, dia 9, para debater as próximas ações. Uma das definições a seguir é o cadastro por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) dos integrantes do movimento.
O líder do grupo, Ildo Lemes da Silva Pereira, destacou que a assembleia - a segunda, desde a instalação do acampamento em outubro - teve como propósito principal consolidar a organicidade do grupo, com ênfase especial nos cadastros das famílias assentadas. Ildo sublinhou que a primeira assembleia teve como propósito nomear o acampamento, prestando homenagem a Sebastião Salles, figura destaca por Pereira como fundamental ao movimento, contribuindo para diversas frentes, como a edificação de cooperativas.
"Desde o início do nosso movimento, Sebastião Salles ajudou a construir o movimento e foi assentado nesta região, contribuindo com várias frentes, como a construção de cooperativas e acampamentos", afirmou Ildo, durante a assembleia. Ele ressaltou que o processo de cadastro oficial digital das famílias do movimento junto ao Incra teria início nesta semana, com a chegada de cinco servidores do Instituto. Os técnicos devem permanecer no acampamento até a finalização dos cadastros das 840 famílias que participam do movimento.
Pereira explicou, ainda, que o cadastramento digital é necessário para assegurar que todos os membros do acampamento tenham acesso aos benefícios oferecidos pelo governo federal, incluindo a cesta básica, materiais de acampamento e, crucialmente, a terra para a reforma agrária. "A partir desse cadastro digital, seremos reconhecidos pelo governo federal, assegurando nossos direitos", afirmou.
Além do anúncio do cadastro digital, a assembleia abordou os planos futuros para o acampamento, incluindo a implementação de setores presentes no movimento em nível nacional. Pereira enfatizou a importância de atender às necessidades das 840 famílias no acampamento, visando fortalecer a estrutura organizacional do grupo.