Região
Mais de 400 pessoas já integram acampamento do MST e produtores rurais mantêm mobilização
Desde instalação em Hulha Negra, grupo vem recebendo novas adesões
por Rochele Barbosa
Desde o dia 19 de outubro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) montou um acampamento às margens da BR-293, em um campo cedido por um assentado de Hulha Negra. Desde então, o grupo vem recebendo novos integrantes.
Conforme o coordenador local do MST, Ildo Pereira, até segunda-feira já são contabilizadas mais de 400 pessoas. “O acampamento cada vez ficando mais bonito. Tínhamos quatro núcleos e hoje (segunda-feira) estamos com sete. [São] Cerca de 400 pessoas e nossa estimativa de 500 a 600 será ultrapassada. Acreditamos que teremos mais de 800 pessoas no local”, destacou.
Pereira ressalta que participará de reuniões em Herval, Arroio Grande e Pelotas, onde, segundo ele, há mais pessoas que deverão se deslocar para o acampamento em Hulha Negra. “Os produtores rurais estão no trevo da cidade, mas não temos contato. Eles estão tocando a mobilização deles e nós a nossa. O nosso acampamento ainda está em processo de construção, segue aberto para chegada de mais companheiros”, relatou ao informar que o lote cedido tem dois hectares e meio. “Já está ficando pequeno o espaço. Acreditamos que, até o final do ano, teremos mais acampamento no Rio Grande do Sul”, completou.
Mobilização contrária
Já o presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Geraldo Brossard Corrêa de Mello, a mobilização dos produtores rurais no trevo de Hulha Negra irá continuar enquanto houver acampamento do MST. “Estamos em vigia, não vamos sair do local. Não vamos tolerar invasões e seguiremos vigilantes, pacificamente, de acordo com as normas legais. Seguiremos em mobilização e em observação”, resumiu em conversa com o JM.