Esportes
Guarany realiza primeiros jogos-treinos na região
por Yuri Cougo Dias
A pouco mais de duas semanas para a estreia no Gauchão (dia 22, contra o São José, no Passo D’Areia), o Guarany começou a fazer as primeiras movimentações. O primeiro teste foi realizado no dia 30 de dezembro, em Dom Pedrito. Foram duas partidas: na primeira, 0 a 0, e na segunda, 1 a 1, com Leandro Canhoto marcando o gol. E na última terça-feira (4), o alvirrubro visitou o Grêmio Candiota para outra movimentação. Na ocasião, venceu por 5 a 0.
No primeiro tempo, jogando com Eder, André Oliveira, Léo Kanu, Diego Rocha e Vavá; Rafael Carilho, Robert, Leandro Canhoto e Juninho Tardelli; Eduardo e Jarro. O placar desta etapa ficou em 3 a 0, com gols marcados por Rafael Carilho, Jarro e Eduardo.
Iniciaram o segundo tempo Otávio, Wesley, Diego Macedo, Diego Rocha e Denilson; Lucas Hulk, David, Marcos Paulo e Igor; Airton e Abner. Outros dois gols foram marcados, dessa vez, com Lucas Hulk e Marcos Paulo, finalizando os 5 a 0. O próximo desafio de preparação para o Gauchão 2022 será contra o Brasil de Pelotas, neste sábado (8), na Arena Marini.
No entendimento do técnico Badico, estes dois primeiros testes serviram muito mais como uma movimentação do que propriamente um amistoso. “O primeiro amistoso será contra o Brasil. Nesses dois treinos que fizemos à tarde, também treinamos pela manhã. Em cima disso, existe um trabalho técnico, dentro de um planejamento de treinamento. Cria-se uma movimentação diferente. Lá em Dom Pedrito, tinha quatro ou cinco atletas profissionais. A dificuldade foi o campo, que estava muito duro e seco, em função da estiagem. Em Candiota, um campo um pouquinho melhor, mas castigado pela seca”, avalia.
Dificuldade com adversários
Em razão da tardia finalização da Divisão de Acesso, Badico afirma que o planejamento precisou ser encurtado, enquanto que as demais equipes já estavam mobilizadas. Outro fator que ele aponta que o Guarany precisou lidar foi com a distância das demais cidades envolvidas no campeonato. “Em função de termos uma dificuldade de jogar e sermos longe de tudo, o único caminho que teríamos seria Porto Alegre. Mas como o São José é o nosso primeiro adversário, fica complicado. Grêmio e Inter se apresentam a partir do dia 10. Aimoré e Novo Hamburgo já tinham calendário. Caxias é longe. Isso é uma grande dificuldade que vamos ter”, enfatiza.
Cobrança por superação
Nas primeiras semanas, a ênfase se direcionou para a preparação física, sob a coordenação de Manoel Lilles (Canela). Nos últimos dias, em razão dos jogos em Dom Pedrito e Candiota, Badico começou os primeiros trabalhos táticos e técnicos. “O grupo é muito bom, qualificado e responsável. Temos um ambiente muito bom de trabalho. Temos totais condições de fazer um campeonato muito bom, mas, para isso, teremos que ser acima da excelência, com muita motivação e determinação. Ser um time bem compactado e organizado, mas, principalmente, que supere seus limites”, observa.
Para montagem do elenco e reorganização interna, o Guarany teve pouco mais de 20 dias. Na concepção de Badico, o curto prazo influenciou para que as mudanças não fossem em grande porte. “A transição para a Série A foi muito rápida. Sabíamos que não teríamos o tempo ideal, que é de 40 a 45 dias. A estrutura das outras equipes é muito superior, mas mesmo que houvesse recursos, o tempo era curto, portanto, não teria como colocar a estrutura necessária. Mas vamos não pensar em usar esse obstáculo como uma bengala. Vai servir para nos superarmos a cada jogo”, finaliza.
Dois jogadores de saída
A direção do Guarany comunicou que, na tarde de quarta-feira (5), os zagueiros Luís Felipe e o meia Igor não fazem mais parte do grupo que vai disputar o Gauchão. “Desejamos muito sucesso na trajetória de ambos atletas e agradecemos o tempo em que estiveram com a gente”, destacou o clube, em nota, especificar os motivos do desligamento.
Julgamento nos próximos dias
O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) retomou as atividades nesta quarta-feira (5). E a expectativa, conforme repassado por diretores do Guarany, é que o recurso ingressado pelo clube seja julgado na semana que vem. A pauta corresponde a perda de um mando de campo que o Índio perdeu, em razão de incidentes da partida da semifinal da Divisão de Acesso, na qual venceu o Avenida, por 2 a 1. O motivo da punição tem relação com a paralisação no primeiro tempo, à pedido do bandeirinha, que alegou que torcedores estavam cuspindo em sua direção.
Caso a decisão seja mantida, o Guarany terá que jogar em outra cidade, contra o Aimoré, na segunda rodada – possivelmente, em Pelotas. A estreia será diante do São José, no Passo D’areia. E na terceira e quarta rodada, pega o Brasil e o Grêmio, fora, respectivamente. Então, o Guarany só jogaria em casa na quinta rodada, contra o Caxias.