Fogo Cruzado
Privatização da Eletrobras pode ser formalizada no primeiro semestre de 2022
por Redação JM
O governo federal manteve o cronograma do leilão de capitalização da companhia no primeiro semestre do próximo ano. Segundo o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), a venda de ações da União para investidores privados, o que inclui a Eletrobras, deverá ocorrer no primeiro quadrimestre de 2022.
O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou análise da privatização da Eletrobras. O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que, apesar de o ministro Vital do Rêgo ter pedido vista, o órgão deu aval para que o governo continue com as próximas etapas da privatização da Eletrobras. “Essa foi uma grande vitória e um grande reconhecimento do trabalho do governo”, declarou.
Segundo a secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, o único impedimento provocado pelo atraso da análise no TCU diz respeito à assinatura dos contratos de concessão de unidades geradoras de energia pela Eletrobras. Esta será uma etapa secundária, que ocorrerá após o leilão de privatização e necessita do aval do TCU para seguir adiante.
O modelo de desestatização da Eletrobras foi aprovado em outubro. A privatização ocorrerá em duas etapas. Primeiramente, a Eletrobras, que tem subsidiária em Candiota (CGT Eletrosul), fará um processo de capitalização, emitindo novas ações que podem ser compradas no mercado primário, até diluir a participação da União na empresa. Apenas se a participação direta e indireta da União não cair para menos de 45% após a oferta primária de ações, a União venderá papéis da companhia no mercado secundário, quando ações já lançadas no mercado trocam de dono.