ELLAS
Estilo comfy e os rumos das moda
por Janine Franco | Estilista
por Viviane Becker
O mundo da moda mudou e agora... fazer o que? Se adaptar, é claro! Ano passado, passamos por este turbilhão chamado covid-19. Nossos hábitos de consumo tiveram que mudar. Passado o primeiro susto, fomos, aos poucos, nos adaptando, todos da cadeia mudaram, os produtores, o comércio e os consumidores de moda e alguns mais resistentes sofreram prejuízos.
Este ano, como observadora e estudiosa do tema, tenho visto claramente estes câmbios, não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
As firmas tiveram que enxugar, tudo é em menor número, o mundo se voltou para o comfy: quer dizer uma moda que permite ficar em casa arrumadinha ou sair sem que isto prejudique o estilo. E querem saber? Este caminho não tem volta, ou vocês acreditam que alguém vai passar frio, por exemplo, para estar bonita, ou sentir dores e desconforto? Não mais!. Quem se acostuma com o conforto de tecidos macios, formas amplas, tudo voltado para o aconchego, não quer saber de outra coisa.
Outra vertente em alta é a pegada de respeito com a natureza, engajamento social. Grandes firmas como a Osklen, por exemplo, tem lançado projetos que beneficiam o meio ambiente e contribuem para a melhoria da qualidade de vida no planeta.
Com a familiarização do uso da internet como ferramenta de compras, se abriu um leque enorme de opções de compra, surgindo assim um consumidor mais atento, buscando diversas formas de consumo. O que antes só fazia presencialmente, pode ser feito com tempo, direto do sofá da sala no conforto do sacro santo lar.
As roupas perderam um pouco de espaço para outros itens como roupas de cama, mesa e banho, e coisas para casa em geral, mas voltarão a ser objetos de desejo das pessoas em breve. O que vai mudar é a relação de consumo e os itens especificamente, creio.
Consumiremos mais conforto, estaremos conectados a nossos ideais de vida e, simpatizando, estaremos de novo no consumo, agora mais salutar e pensado. O apelo será a identificação e não mais o comprar por comprar e aí o estilo ganha força. Sorte nossa que falamos sobre moda. Acabaram-se os dias de moda massificada, tudo terá a cara o jeitinho do consumidor, poderemos fazer uma leitura de quem são as pessoas pelo o que elas vestem.
O certo é que tivemos que atalhar o caminho, que talvez fosse acontecer em uma década, ou mais, mas aconteceu em um ano trágico. Tivemos que refletir a duras penas e aprender lições. O futuro da moda é agora e viva a identificação, que Deus nos permita ver estas mudanças para ontem aqui na nossa Bagé, hábitos saudáveis de consumo, na medida do gosto pessoal de cada um, cheios de estilo, buscando sempre nossa essência.
As marcas terão uma identidade especifica, seja por materiais, estampas, ou filosofia mesmo. Terá a moda dos ecologicamente corretos, dos que adoram esportes, dos artistas, dos desencanados, cada qual buscará escrever sua história nas roupas que usa, sejam novas, sejam de brechó, hand made, ou o que valha, o estilo é o que vai contar!!!!!