MDB e Arena
Entre o Estado Novo (1945) e o regime militar (1964), o país contava com o pluripartidarismo (PSD, PTB, UDN, PRP, PL, PCB, etc.), extinto pelo Ato Institucional nº 2, regulado pelo Ato Complementar nº 2. No início de 1966, se estabeleceu que “organizações” pudessem funcionar como “partidos” até que se estes fossem instituídos. Surgiram, então, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (Arena). Oposição e situação.
As eleições de 1966, 1970,1974 e 1978 se deram neste panorama, alternando-se em vitórias as duas siglas. Em 20 de dezembro de 1979, finda o bipartidarismo, com o aparecimento de numerosas denominações. O MDB apenas acrescentou um “P” ao início de seu nome.
A historiadora Evelize Neves, que está pesquisando, e reordenando, as fontes do MDB, cedeu ao articulista alguns dados referentes ao MDB bajeense que se reproduz como contribuição à memória partidária desta cidade.
Assim, em 23.06.1966, em Porto Alegre, reuniu-se a Comissão Diretora Regional, presidida pelo deputado Marcírio Goulart Loureiro, tendo o deputado Aldo Fagundes como secretário, e mais os membros da capital, para aprovar os nomes indicados pelas Comissões Municipais. No caso bajeense, integravam o diretório provisório do MDB: “ Cézar Ferreira, Wilson Tavares, Iolando Machado, Paulo Bazerque, Dijalmo Dias da Silva, Paulo Fico, José Carlos Teixeira Giorgis, Nelson Quintana, Rubens Bittencourt de Almeida, Silvano Mazzini, Wilson B. Ripalda, Aldrovando da Rosa Robaina, Ney Ornellas da Cunha, Pedro Gomes da Silva, Telêmaco Collares, Adil Machado Ianzer, Ilka de Campos Pêgas, Inácio Arriera, Palmor Porto Brignol, Antônio Alcides de Almeida, Héctor Salmentão, Aristeu Rosa da Silva, Gilberto Maidana Lima, Rômulo Freitas, João Couto, Braz Coronel Martins, Otávio Hipólito, Sedenir Rodrigues Martins e Walter Alexandre de Almeida; e o seguinte Gabinete Executivo Municipal: presidente: Otávio Hipólito, vice-presidente: Silvano Mazzini, secretário-geral, José Carlos Teixeira Giorgis e vogais, Sedenir Rodrigues Martins, Ilka de Campos Pêgas, Ney Ornellas da Cunha, Rubens Bittencourt de Almeida e Walter Alexandre de Almeida.” Há outro documento importante.
Em 05.05.1970, numa reunião da Comissão Executiva Regional, presidida pelo deputado Ivo Sprandel, entre outros temas, era lida correspondência de Bagé dirigida pela presidência da Câmara de Vereadores, contendo uma representação contra outro edil do mesmo partido, então presidente do Diretório Municipal do MDB. Pedro Simon fez um relatório do que sabia. Depois de exame jurídico e sugestões, decidiu-se convocar ditos vereadores a Porto Alegre, em momentos diversos. Meses depois vêm a Bagé Pedro Simon e João Carlos Gastal, em busca da pacificação. Já tarde, pois o evento tivera trágicas consequências.