Cidade
Museu da Gravura Brasileira faz lançamentos com foco em arte e sustentabilidade
Evento, que destacou a relação entre arte, memória e meio ambiente, apresentou projetos financiados pela Lei Paulo Gustavo e organizados pela Urcamp, Associação dos Amigos dos Museus de Bagé e Associação de Ecologia Ampla (Ecoarte)
por Melissa Louçan
Na noite de quarta-feira, dia 28, o Museu da Gravura Brasileira, em Bagé, sediou o lançamento de três importantes projetos. O evento, que destacou a relação entre arte, memória e meio ambiente, apresentou projetos financiados pela Lei Paulo Gustavo e organizados pela Urcamp, Associação dos Amigos dos Museus de Bagé e Associação de Ecologia Ampla (Ecoarte).
A programação teve início com o lançamento do catálogo Arte em Impressões, que explora a história do Museu da Gravura Brasileira e do Cenarte, ambos fundamentais para a preservação da gravura como expressão artística. O material inclui textos sobre a fundação do museu, seu impacto social e a contribuição de artistas do Grupo de Bagé, como Carlos Scliar, Danúbio Gonçalves, Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti. Também aborda o legado do Clube da Gravura e os 47 anos de história da instituição, trazendo uma capa ilustrada pelo artista Marsal Alves Branco.
Integrante da equipe gestora dos museus da Urcamp, Carmen Barros destacou a dedicação envolvida no projeto: “Foram muitos meses recolhendo a história da Ecoarte, do Museu da Gravura e do Cenarte. Esse lugar tem uma energia de nascimento, de semente, e tudo está expresso no catálogo, na parede do museu e no audiovisual apresentado”.
Na sequência, foi apresentado o Memorial Ambiental e Cultural Ecoarte, que celebra os 37 anos de atividades da Associação de Ecologia Ampla. A iniciativa une acervos dos museus Dom Diogo de Souza e da Gravura Brasileira para evidenciar a conexão entre arte e ecologia, reafirmando o papel do Ecoarte na promoção de uma consciência ambiental aliada à cultura.
Elvira Nascimento, a Mercinha, uma das fundadoras do Ecoarte, emocionou o público ao descrever a relevância do memorial: “Essa sala gira, suspira, canta. É uma vida de 37 anos de sonhos, de dúvidas. O trabalho de síntese realizado é digno de agradecimento, com uma fineza e delicadeza vistas também no documentário”.
{AD-READ-3}O reitor da Urcamp, Guilherme Cassão Marques Bragança, ressaltou a importância do momento: “Cada manifestação artística e cultural da nossa cidade mexe comigo profundamente. Este é um deleite para a sociedade, um momento de valorização da nossa arte, cultura e história”.
O encerramento da noite ocorreu com a exibição do documentário As vozes e suas respostas, produzido pelo grupo Ecoarte. O filme traça a trajetória da Associação e reflete sobre o impacto da arte e da sustentabilidade no desenvolvimento do pensamento crítico.