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Mostra de Trabalhos Interdisciplinares reúne criatividade e aprendizado na Escola Carlos Kluwe
por Redação JM
Na manhã de sábado, 23 de novembro, a Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Kluwe realizou uma Mostra de Trabalhos Interdisciplinares que reuniu alunos e professores em uma demonstração de conhecimento aplicado. O evento, que envolveu as áreas de Ciências da Natureza, trouxe uma combinação de teoria e prática nas disciplinas de Física e Biologia, com destaque para projetos criativos desenvolvidos pelos estudantes do 1° e 2° anos do Ensino Médio.
A proposta da mostra foi oferecer aos alunos a oportunidade de aplicar os conceitos aprendidos em sala de aula, explorando novas formas de entender e vivenciar o conteúdo de maneira prática. As professoras Ana Clara Rosa Leite, de Biologia, e Bianca Maria de Lima, de Física, foram responsáveis pela coordenação dos projetos, que abordaram temas como tipos de Fermentação, Terrário Vegetal e Pontes (tipos de Forças).
Ana Clara explicou o objetivo da atividade: "Para os alunos do primeiro ano, trabalhamos com a fermentação biológica, onde eles aplicaram a teoria fazendo pães e outros produtos, explorando a prática da fermentação. Já para os alunos do segundo ano, o trabalho foi sobre o reino das plantas, no qual eles construíram terrários vegetais", detalhou. Ela ressaltou a participação ativa dos estudantes, que se dedicaram tanto à parte teórica quanto à execução prática dos projetos. "Ficamos surpresas com o empenho deles, muitos fizeram os trabalhos mais de uma vez para garantir que tudo saísse perfeito", completou.
Durante o evento, alguns alunos compartilharam suas experiências sobre os projetos desenvolvidos. Sara Vitória Moreira de Oliveira e Débora Moraes Rocha, ambas do 1º ano, se dedicaram ao projeto de fermentação biológica. “A gente fez um pão, escolhemos a fermentação biológica por ser mais fácil. Demoramos cerca de 5 horas para fazer o pão, esperando a fermentação agir corretamente”, explicou Sara. Para elas, foi uma experiência nova, já que nunca haviam trabalhado com fermentação biológica, mas já tinham experiência com fermentação química, comum no preparo de bolos. “Foi bem fácil, apesar de dar um pouquinho de trabalho na hora de sovar a massa”, completou Débora
Nicole Freire Rodrigues, também aluna do 1º ano, compartilhou sua experiência com a fermentação biológica: “Foi bem legal, até tirando a parte de sovar, que é bem difícil. Tivemos que esperar 40 minutos para o fermento com farinha e água crescer, e depois misturar com a massa. Foi divertido ver a massa crescer no sol”, disse ela.
Isabela Simon Gomes Nunes, outra participante, explicou seu trabalho com fermentação alcoólica, utilizado na produção de bolos: “Eu fiz fermentação alcoólica, que é a que usamos em bolos. Achei bem legal. Eu já costumo cozinhar bastante, então foi uma experiência interessante aplicar a teoria na prática.” Júlia Silveira, também do 1º ano, utilizou fermentação biológica em seu bolo de maçã. “Usei pouco fermento, porque a maçã também contribui para a fermentação. O bolo ficou fofinho, e é a primeira vez que faço esse tipo de receita", detalhou ao relatar que foi a primeira experência do tipo que desenvolveu.
As alunas Érica dos Santos Julgueiro, Maria Sara Salinas Rodrigues e Izabelle Ribeiro Passos, da turma 1204, criaram um terrário. A professora forneceu uma suculenta e as estudantes se inspiraram na ideia para desenvolver o projeto. Segundo elas, a experiência, embora desafiadora, foi bastante enriquecedora, pois aprenderam que o objetivo de um terrário é criar um mini-ecossistema sustentável, onde as plantas podem viver de forma equilibrada.
Já a professora Bianca orientou os alunos no projeto das pontes. "A proposta foi criar pontes que resistissem a diferentes tipos de força, explorando conceitos de física estrutural e resistência dos materiais. Os alunos puderam testar suas construções, que foram feitas com palitos de picolé e cola quente", explicou. A professora também destacou a importância de projetos como esse para o aprendizado, pois além da teoria, os alunos visualizam e aplicam os conceitos na prática.
Um dos projetos desenvolvidos foi dos alunos Pedro Silveira Moreira e Pedro Henrique Barbosa, do primeiro ano do Ensino Médio. "O objetivo era entender as forças envolvidas e como diferentes tipos de pontes funcionam na prática", explicaram os alunos. Eles relataram que o processo de construção foi desafiador, principalmente pela quantidade de material necessário, mas que a satisfação de ver a ponte suportar pesos significativos foi gratificante. "Testamos a nossa ponte com um peso de 62 quilos, e ela resistiu bem. Agora, estamos preparando ela para testar com mais peso", disseram, com entusiasmo.
{AD-READ-3}A diretora da escola, Glauce Coelho Vargas, destacou o sucesso do evento, que contou com a presença ativa da comunidade escolar. "Nos sábados letivos, buscamos engajar os alunos em atividades que os motivem a vir para a escola, e essa mostra foi um grande sucesso. Os estudantes se empenharam e estavam ansiosos para compartilhar seus trabalhos com os pais e amigos", comemorou. Ela também mencionou que eventos como esse são parte do esforço da escola para integrar mais a comunidade e valorizar o aprendizado fora da sala de aula. "O mais gratificante é ver o entusiasmo dos alunos ao mostrar o que produziram, é a prova de que o aprendizado se torna mais significativo quando é aplicado de forma prática", afirmou ao destacar, ainda, que a instituição está com inscrições abertas para o próximo ano letivo.
O evento foi uma vitrine para o esforço e a criatividade dos alunos da Escola Carlos Kluwe, e a professora Ana Clara já adianta que, no próximo sábado letivo, em 7 de dezembro, haverá uma nova mostra com outros projetos envolvendo novas áreas de estudo, continuando a tradição de valorização do aprendizado prático na escola.