Campo e Negócios
Gerentes da Emater/RS-Ascar avaliam atuação e desafios em 2024
por Redação JM
por Róger S. Nobre
Acadêmico de Jornalismo da Urcamp
Em 2024, a Emater/RS-Ascar completou 69 anos de atuação com um ano de desafios e conquistas significativas. A instituição avançou no trabalho com a juventude rural, realizando treinamentos e intercâmbios internacionais, e entregou certificados a jovens capacitados. Com a conclusão de seu Planejamento Plurianual para 2025-2027, a Emater/RS-Ascar, através de processo seletivo, contratou mais de 120 novos funcionários, sendo seis para regional de Bagé.
O gerente regional Rodolfo Perske afirma que algumas regiões da Emater foram prejudicadas pelas enchentes do mês de maio, que afetaram principalmente as cidades do centro do Rio Grande do Sul. A Regional de Bagé, por ter uma ligação forte com a de Porto Alegre, enfrentou desafios relacionados à organização e planejamento das atividades. “No caso específico do Regional de Bagé, a situação foi diferente. Aqui não enfrentamos enxurradas como em outras regiões, que tiveram perdas muito mais dramáticas, com prejuízos materiais e econômicos acentuados. Aqui, as estruturas físicas das cidades e do meio rural não foram comprometidas dessa forma. Porém, o que realmente nos afetou foi o impacto na agricultura", atenta.
Segundo Perske, o excesso de chuvas e umidade prejudicou a colheita da soja e do arroz, que não pode ser realizada dentro do período ideal, o que causou o apodrecimento de muitos produtos nas lavouras. Além disso, houve uma sobrecarga nos sistemas de transporte e de secagem de grãos. “Essas perdas não foram apenas materiais, mas também econômicas, com muitos produtores rurais enfrentando dificuldades financeiras, e isso gerou um aumento significativo no endividamento de agricultores que já vinham com dificuldades. Como resultado, muitos buscaram auxílio tanto do governo federal quanto estadual para tentar superar essa crise financeira”, explica.
{AD-READ-3}O gerente adjunto, Carlos Suertegaray, complementa afirmando que todos os escritórios da Emater que não foram diretamente afetados, se mobilizaram para auxiliar as comunidades atingidas. A Emater capitaneou diferentes ações de apoio, tanto para as famílias quanto para os próprios extensionistas que enfrentaram a perda total de infraestrutura. E ressalta uma conquista de suma importância para a instituição: “conseguimos, por um reconhecimento judicial, que a Emater fosse reconhecida provisoriamente como uma empresa que presta um serviço social rural. Afinal, o trabalho da extensão rural é um trabalho de educação social no campo, e isso é algo único. Somos a única empresa de assistência técnica e extensão rural que desenvolve um trabalho social efetivo no meio rural, o que faz nossa atuação ainda mais relevante”.
Suertegaray ainda destacou o trabalho social realizado ao longo do ano, tanto para a comunidade quanto para os técnicos. E salientou o fato de terem ajudado a reestabelecer atividades em diferentes regiões, afirmando que a atuação da Emater voltou a ser significativa e estratégica.