Saúde
Nutricionistas destacam importância da alimentação para a saúde física e mental
por Giana Cunha
Você já considerou o impacto da alimentação na sua saúde? A alimentação é um dos principais pilares para o bem-estar geral, sendo a maior e melhor fonte de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo. Além disso, uma dieta equilibrada desempenha um papel crucial na prevenção de doenças como hipertensão arterial, diabetes, obesidade e até câncer, além de ajudar a melhorar sintomas de ansiedade e depressão.
Para entender melhor a relação entre alimentação e saúde, conversamos com as nutricionistas Ângela Nicoloso, especialista em nutrição gastrointestinal, alergias e intolerâncias, e Ana Paula Narvaz, especialista em saúde da mulher, climatério e menopausa, que atendem na Clinipampa em Bagé.
Segundo Ângela Nicoloso, uma alimentação saudável deve ser baseada principalmente em alimentos in natura ou minimamente processados. “Quase tudo tem ligação com a alimentação”, ressalta ela, destacando a importância de uma dieta equilibrada para a saúde física e mental. Estudos recentes apontam que uma alimentação balanceada não apenas contribui para o bem-estar físico, mas também tem um impacto significativo no humor, na resiliência ao estresse e na prevenção de transtornos mentais, como depressão e ansiedade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada oito pessoas no mundo sofre de algum tipo de transtorno mental, sendo os mais comuns a depressão e a ansiedade. Embora fatores como rotina, predisposição genética e histórico pessoal sejam relevantes, a ausência de uma alimentação saudável e balanceada também influencia diretamente na qualidade de vida e na saúde mental.
A nutricionista Ana Paula Narvaz enfatiza que uma dieta rica em alimentos processados e ultraprocessados, e pobre em alimentos naturais, interfere diretamente na produção de neurotransmissores como a serotonina, o hormônio do bem-estar, e o cortisol, o hormônio do estresse. “Pessoas com esse padrão alimentar ficam muito mais propensas a desenvolver doenças como ansiedade e depressão, além de estarem em maior risco de desenvolver doenças neurodegenerativas a médio e longo prazo”, alerta Ana Paula. Ela acrescenta que alimentos ultraprocessados, além de pobres em nutrientes essenciais, são ricos em aditivos químicos como corantes, conservantes e realçadores de sabor, como o glutamato monossódico, que pode piorar a concentração, aumentar a irritabilidade e interferir no sono.
Para proteger a saúde mental, as nutricionistas recomendam uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios, como peixes ricos em ômega-3, nozes e verduras. Ana Paula Narvaz destaca a importância de um plano alimentar personalizado, que leve em consideração a individualidade de cada paciente. No entanto, algumas vitaminas e minerais são essenciais para todos, como a Vitamina B12, importante para a função cerebral; a Vitamina D, que regula o humor; o Magnésio, que ajuda a reduzir o estresse; e o Ômega-3, que promove a saúde cerebral e reduz a inflamação.
{AD-READ-3}Por outro lado, o consumo excessivo de açúcar pode ter um impacto negativo na saúde mental, levando a flutuações de humor, aumento da ansiedade e maior risco de depressão. “Muitas vezes, as pessoas estão medicadas para transtornos de ansiedade e depressão, mas apresentam pouca ou nenhuma melhora devido à deficiência de nutrientes”, reforça Ana Paula. Ela recomenda o consumo de alimentos naturais e variados, como vegetais verdes escuros, peixes, sementes, azeite de oliva extra virgem, castanhas, abacate, carnes, ovos, frutas vermelhas, verduras e legumes.
Neste 31 de agosto, Dia do Nutricionista, é importante reconhecer o papel fundamental desses profissionais na compreensão dos hábitos alimentares e no desenvolvimento de planos alimentares eficazes e personalizados, que contribuem para a saúde física e mental de seus pacientes.