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Segurança

Alvo de investigação de 'Caixa 2' e 'rachadinha', Divaldo alega perseguição

Investigação mobilizou 72 agentes da Polícia Federal e cumpriu 34 mandados de busca e apreensão em Bagé, Porto Alegre e Florianópolis

Em 15/08/2024 às 09:11h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Alvo de investigação de 'Caixa 2' e 'rachadinha', Divaldo alega perseguição | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Giana Cunha/Especial JM

A operação da Polícia Federal realizada na terça-feira, dia 13, trouxe novas denúncias contra o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PL). A investigação, que mobilizou 72 agentes e cumpriu 34 mandados de busca e apreensão, acusou o chefe do Executivo de estar estar envolvido em esquemas de “rachadinhas”, “Caixa 2 Eleitoral”, lavagem de capitais, peculato e organização criminosa, além de possíveis crimes contra a Administração Pública.

"Foi uma ação orquestrada", rebateu Divaldo Lara, em coletiva de imprensa na quarta-feira

Um dia após a operação, o prefeito Divaldo Lara reuniu a imprensa para uma coletiva na manhã desta quarta-feira, dia 14. Ao se defender das acusações, alegou que sofreu 'uma ação orquestrada pelos seus adversários políticos'. “Essa é a terceira operação que sou alvo, em dois anos de Governo Federal do Lula. Eles, os meus adversários, me odeiam a ponto de espalhar falsas notícias, denunciarem falsas informações, porque eu tirei o PT do governo municipal de Bagé”, disse.

Durante a coletiva, o prefeito seguiu o rebate. “As mais de cem denúncias que respondi, todas foram arquivadas. O prefeito que hoje está aqui, que nunca fugiu, se escondeu ou deixou de enfrentar qualquer acusação, seja feita por adversários ou feita por adversários através de instituições, nunca se escondeu. Nem nas crises como a pandemia, nem nos momentos mais difíceis que essa cidade enfrentou, e tampouco com as calúnias, difamações ou operações montadas claramente com intuito político partidário. Eu nunca tive uma única obra acusada de irregular, defraudada, desviada, nenhuma”, ressaltou Divaldo.

Outra afirmação do prefeito foi de que a operação não teve um denunciante, um inquérito velho de seta nos atrás. “Se eu cometesse esse crime, por que não fizeram isso no ano passado? No ano anterior? No primeiro ano? Por que não apresentaram já? A denúncia disso já era tempo suficiente, senhoras e senhores. Para que tivesse feito a denúncia de que alguém teria feito rachadinha. Dez milhões em rachadinha. Não tenho nenhuma condenação, todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas em todos os anos, em que tive as minhas contas analisadas. Confio na justiça, na minha conduta. E agora, na véspera da eleição, resolvem fazer uma operação que foi um circo inteiro montado. O que tiraram da minha casa foram meus aparelhos de ginástica. O que arrancaram da minha casa foi um frigobar. Eu fui esculachado por isso”, complementou.

Sobre as acusações de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa, o advogado Cristiano Gessinger, que representa o prefeito nesse inquérito, destacou que a defesa técnica vai ter condições de refutar, uma a uma, as acusações, quando houver um fato concreto. “Enquanto houver a alegação de haver lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros delitos, sem haver um fato concreto, é impossível, fica uma refutação plenamente retórica. Então, na condição de defensor, e quem conduz junto com o doutor Salim a defesa técnica do prefeito, assim como em outros casos, havendo uma acusação concreta, fato descrito, determinado, aí sim é possível dizer, apresentar argumentos, apresentar provas, e junto ao Judiciário, reforçar a confiança do prefeito na Justiça, e refutar as eventuais acusações, quando forem concretas e objetivas. É isso que se pode dizer nesse momento”, explicou o advogado.

O prefeito de Bagé ainda disse lamentar que sua esposa, que é policial civil, esteja entre os acusados de envolvimento nos esquemas. “Isso é uma injustiça. A minha esposa nunca se envolveu, nunca teve nenhum tipo de privilégio, nunca teve acesso. E eu espero, de todo o meu coração, eu espero que o delegado responda depois por isso que ele está acusando ela, responda, porque o sistema é claro. É fácil de acusar uma pessoa, mas também tem que fazer prova. Você pega uma servidora do estado do Rio Grande do Sul, desligada do governo, que tem uma rotina exclusiva de trabalho. Eu nem sei o que acontece na Delegacia, eu nunca soube. E você cria uma imputação para essa pessoa, prejudicando a imagem dessa pessoa para o Rio Grande do Sul inteiro”, citou antes de encerrar a coletiva.

A operação

A Operação Coactum III foi marcada por atingir a residência do prefeito, visando o sequestro de bens, nas cidades de Bagé, Porto Alegre e Florianópolis/SC e atendeu decisão expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS). Ao longo da abordagem, um homem de 26 anos foi preso em flagrante, acusado de apropriação indébita de computadores da Prefeitura de Bagé - ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Federal para os procedimentos policiais, sendo arbitrada fiança, que foi paga e ele liberado.

A ação, frisou a PF, é desdobramento da Operação Coactum II, deflagrada em maio de 2024, quando foram apreendidas mídias, dinheiro em espécie e colhidos uma série de elementos de prova sobre os delitos investigados. Em razão das buscas naquela oportunidade, dois servidores foram presos em flagrante por crime de peculato, na posse de valores recolhidos de funcionários municipais.

Segundo apurado, pelo menos, desde 2017, servidores públicos comissionados do município de Bagé seriam obrigados a pagar parte de seus salários para a organização criminosa. Os valores exigidos foram vertidos para fins eleitorais sem a devida declaração como receita auferida perante a Justiça Eleitoral. A prática, popularmente conhecida como “rachadinha”, teria possibilitado o desvio de mais de 10 milhões de reais.

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Entre os alvos das medidas judiciais deflagradas, estão agentes políticos e funcionários públicos municipais suspeitos de recolher e operacionalizar a ocultação e dissimulação dos valores desviados. A operação foi chamada de “Coactum”, em referência ao caráter compulsório das contribuições a que os servidores são obrigados a entregar parcelas de suas remunerações, sob pena de exoneração dos cargos.

Na ação foram apreendidos telefones de diversos alvos para fins de investigação, bem como diversos bens para fins de ressarcimento ao erário. Assim como placas de geração de energia solar, equipamentos de musculação e exercícios cardiovasculares, cães de raça do canil de um dos investigados, tratores e um veículo. Também foram apreendidos artigos de luxo como adega de vinhos e joias, além de 1.454 dólares e mil euros. Em Porto Alegre, foram cumpridos dois mandados de busca pessoal e um domiciliar, sendo apreendidos uma motocicleta de luxo e um veículo avaliados em mais de 100 mil reais cada, além de R$ 7 mil reais em espécie. Também foi realizada a apreensão administrativa de armamento e munições, como uma espingarda calibre 12, com 25 munições, uma pistola 9mm, com 46 munições, entre outras munições, em razão do indiciamento de uma investigada.

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