Campo e Negócios

Aulão da Agronomia marca fim do semestre no Campus Rural da Urcamp

Atividades desenvolveram testes e análises laboratoriais do solo

Uma característica importante da oferta de cursos presenciais é a possibilidade de cumprir a carga horária com atividades práticas, antes mesmo dos períodos destinados aos estágios. Nos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária da Urcamp, além dos laboratórios e clínicas do centro, muitas das aulas práticas são ministradas no Campus Rural, que é uma fazenda escola onde os acadêmicos passam pelas mesmas experiências que o mundo do trabalho em seu setor vai exigir no futuro. 

Todas estas atividades previstas para aquele espaço possuem ligação direta com os conteúdos ministrados durante as aulas e são, ainda, orientadas pelos professores aos sábados, quando verdadeiros mutirões de experiências, análise e projetos são desenvolvidos. Aliadas das aulas práticas na fazenda escola, as visitas técnicas a empreendimentos rurais e a participação em eventos do setor primário são uma constante na vida acadêmica dos alunos da Agronomia e da Medicina veterinária da Urcamp. 

A última aula prática do curso de Agronomia antes do recesso de férias em julho, realizada semana passada, desenvolveu inúmeras ações que vão de testes e análises laboratoriais do solo à compreensão dos equipamentos de grande porte utilizados em plantações.

A coordenadora do curso de Agronomia, Ana Bicca, ministra uma análise de acidez e de consistência do solo. “Para definir o manejo mais adequado ou utilização do solo, é preciso determinar a concentração de íons de hidrogênio, que é o PH, mas também precisamos descobrir aspectos como a coesão, aderência e resistência do solo, tanto em seu estado úmido quanto seco”, explica. A professora destaca que os testes utilizando as mãos permitem identificar características como esfarelamento ou mostras pegajosas. “Os diferentes tipos de consistência do solo têm implicações diretas em seu manejo. Solos muito plásticos e pegajosos só podem ser trabalhados em amplitude estreita de umidade. Já os solos de boa friabilidade apresentam boas condições para aração”, conclui. 

A avaliação de pastagens também foi tema de trabalho. Os acadêmicos, orientados pelo professor Fernando Menezes, selecionaram amostras que foram encaminhadas para a secagem. “Pelo método do uso microondas, que está ao alcance de todas as propriedades rurais, se determina o percentual da matéria seca. E é ela que serve de base para indicar as condições reais de oferta de forragem aos animais”, explica.

Durante o dia, umas das várias práticas desenvolvidas foi o uso de equipamentos agrícolas nas lavouras. “Foi empregada uma capacitação para a regulagem e calibração de aplicações de tratamento fitossanitário”, descreveu o professor Paulo Siqueira.