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por Redação JM
Receita Estadual destaca variação no preço médio de alimentos
Publicada na sexta-feira, dia 14, a quarta edição do boletim econômico-tributário da Receita Estadual sobre os impactos das enchentes nas movimentações econômicas dos contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) do Estado destacou a variação nos preços de alimentos antes e depois das chuvas. Na comparação do preço médio da semana de 21 a 27 de abril – última semana antes do evento meteorológico – e da semana de 5 a 11 de junho, os produtos que tiveram maior aumento foram batata (+55,8%), tomate (+ 47,8%), repolho (+25,1%) e leite (+21,7%).
Os dados são baseados nas Notas Fiscais de Consumidor eletrônicas (NFC-e) emitidas nesses períodos, e podem refletir também outros fatores econômicos e sazonais dos produtos. Os alimentos que registraram maior queda no preço médio foram bergamota (-27,1%), laranja (-16,2%), cebola (-13,3%) e feijão preto (-9,7%).
Outro destaque do boletim é o impacto gerado na arrecadação do ICMS entre 1º e 12 de junho. O valor projetado antes das enchentes para o período, que reflete as operações realizadas em maio, era de R$ 2,67 bilhões. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 1,68 bilhão – ou seja, uma redução de R$ 990 milhões (-37%). Em maio, a queda na arrecadação do ICMS foi de 17,3% (R$ 690 milhões abaixo do esperado).
Quanto à atividade econômica, houve 5,2% de queda no volume de vendas da indústria nas últimas quatro semanas em comparação com o mesmo período do ano anterior. As maiores baixas aconteceram nos setores de insumos agropecuários (-22%), metalmecânico (-10,9%) e agroindústria (-7,9%). As maiores altas foram verificadas nos setores de papel (31,3%), móveis (20,7%) e bebidas (14,1%). Apesar disso, todos os setores analisados já apresentam sinal de retomada após o momento mais crítico da crise meteorológica.
Na visão por região do Estado, considerando o mesmo período, as maiores baixas são verificadas na Fronteira Noroeste (-59,4%), no Alto do Jacuí (-33,3%), no Sul (-26,3%), no Vale do Caí (-16,0%) e no Vale do Rio dos Sinos (-10,3%). Os maiores crescimentos, por sua vez, ocorreram no Vale do Jaguari (42,9%), na Fronteira Oeste (33,3%), no Litoral (21,4%), no Alto da Serra do Botucaraí (19,2%) e em Jacuí Centro (14,4%).