Urcamp
Ciclo da Terra traz Ecoarte para debater Meio Ambiente
Tema do encontro foi pautado pelas fundadoras do grupo que, desde a década de 80, alerta para questões que arriscam os ecossistemas
por Redação JM
O primeiro Ciclo da Terra Urcamp, que prevê uma programação até dia 23 de junho, trouxe para a noite de segunda-feira, dia 10, um time de peso para discutir, informar e promover ações que viabilizem um ambiente mais saudável. O tema do encontro foi pautado pelas fundadoras do grupo Ecoarte que, desde a década de 80, alerta para questões que arriscam os ecossistemas globais.
Tal como a atuação do Ecoarte, as suas fundadoras Elvira Nascimento, Marli Meira e Eliane Simões Pires defenderam a conexão com a natureza e o ecossistema, mas, sobretudo, a necessária ligação de tais temas com a cultura. Profissionais ligadas à arte e educação registram atuação junto ao patrimônio histórico e ligações com a literatura como suportes importantes na luta pela preservação ambiental. Elas relataram a história da entidade, que há 38 anos atua em Bagé. “Nós viemos falar sobre quem é o Ecoarte e o seu percurso, o que já conquistamos. Nós focamos na área artística, porque entendemos que a arte é a salvação. E no meio ambiente em todos os sentidos, principalmente na preservação”, explica a presidente do Ecoarte, Eliane Simões.
Com forte atuação na comunidade, um dos trabalhos de destaque é o roteiro do Arroio de Bagé na luta pela preservação, que é desenvolvido aos sábados, com a contação da história das localidades, das lendas de autores daqui, em uma aproximação direta com as comunidades que vivem aos arredores do manancial que corta a cidade. “A gente construiu, fiscalizou, vigiou o nosso ecossistema para que houvesse um equilíbrio. Através disso conseguimos um orçamento municipal para cuidar do Arroio Bagé, onde, hoje, o maior problema é o lixo”, revela Elvira Nascimento, que alerta: “nós precisamos cuidar das nascentes, das construções, para que elas não avancem até o arroio e principalmente, cuidar da mata ciliar que é a sustentação deste sistema”.
O jornal anual do grupo, distribuído gratuitamente, é um apanhado de arte, escrita, artigos, pontos de vista sobre os cuidados ao meio ambiente. O Ciclo da Terra busca levar informações que liguem o cotidiano da sociedade aos impactos do desequilíbrio climático, oriundo em grande parte do descuido com o meio ambiente.
As discussões, que vão se estender durante o mês de junho, terão outros três encontros. A professora Rosete Kohn, ligada à Pró-reitoria de Inovação, Pesquisa e Extensão, é uma das organizadoras. “O Grupo Ecoarte tem uma jornada de história e ações em Bagé e região. Então, o nosso objetivo é trazer um pouco dessa vivência dessas pessoas que estão a tanto tempo falando sobre as questões ambientais. Hoje, queremos levar informação para traçarmos ações mais efetivas na construção de um tempo melhor para todos nós”, justifica a professora.
O próximo Ciclo da Terra da Urcamp será no dia 16 de junho, às 19h, novamente no Salão de Atos da Urcamp, sendo aberto à comunidade.