Saúde
RS liga alerta para risco de contaminação após as enchentes
por Giana Cunha
Bagé está fora das áreas de risco de enchentes, mas está na rota de tempestades severas que, muitas vezes, acabam causando enxurradas. Diante de toda a situação que temos visto em mais da metade das cidades gaúchas, com cenário de destruição e alagamentos, o JM Saúde foi em busca de respostas para a prevenção de doenças que são ocasionadas pelas condições deixadas pelas enchentes.
A água contaminada é uma das formas de contágio da leptospirose, por exemplo. E ela é preocupante e, de acordo com o Ministério da Saúde, o risco de letalidade pode chegar a 40% dos casos mais graves. A doença infecciosa é transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais principalmente ratos infectados.
A situação pode ficar grave após a água das enchentes baixar, já que a contaminação maior pode acontecer enquanto as pessoas fazem a limpeza dos locais afetados. A bactéria entra no corpo através de cortes e arranhões, olhos, nariz e boca.
Entre as formas de prevenção não andar descalço, usar luvas e sapatos impermeáveis, assim como cobrir machucados com curativos impermeáveis.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde recomendou, com os episódios de enchentes que quem têm contato prolongado com a água, como voluntários e equipes de resgate que atuam nas regiões afetadas um tratamento profilático com quimioterápicos.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue no qual é verificado se há presença de anticorpos para leptospirose ou a presença da bactéria.
Alerta com leptospirose: O Ministério da saúde alerta para os principais sintomas da doença que pode variar de assintomática até casos mais graves. O período de incubação varia de um a 30 dias, mas é comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco.
Fase precoce: Febre; Dor de cabeça; Dor muscular, principalmente nas panturrilhas; Falta de apetite; Náuseas/vômitos.
Fase tardia: Síndrome de Weil, caracterizada pela chamada tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica); Insuficiência renal; e Hemorragia, mais comumente pulmonar.
{AD-READ-3}Como prevenir: Os equipamentos de proteção são fundamentais, já que as superfícies podem estar contaminadas. Botas e luvas de borracha são os primeiros ítens. A desinfecção com com uma solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, na proporção: para 20 litros de água, adicionar duas xícaras de chá (400ml) de hipoclorito de sódio, a deixando agir por 15 minutos.
Procure atendimento médico: Pacientes com leptospirose são tratados com antibióticos e a hospitalização imediata é recomendada em casos graves.