Saúde
Mesmo com frio, cuidados contra o mosquito da dengue devem continuar
por Giana Cunha
O clima do Outono gaúcho, com alterações na temperatura, chuva e umidade, pode ser propícia para o desenvolvimento do mosquito Aedes Aegypt. E nem o retorno do frio faz com que a dengue deixe de ser uma preocupação.
Ainda que o mosquito adulto tenha menor tolerância a temperatura baixa, os ovos e as larvas, porém, são mais resistentes ao frio. O inseto tem como ambiente ideal presença de água e temperatura entre 20°C e 30°C. Por isso, no inverno temos a sensação que a população de mosquitos diminui. E é verdade. Mas, por não termos um clima estável e devido a resistência dos ovos, apenas alguns dias de calor e umidade já é suficente para que eles rompam e gerem novos insetos.
O ciclo de vida do Aedes aegypti começa com a fêmea depositando seus ovos em recipientes com água parada. Em cerca de dois a três dias, os ovos eclodem em larvas e estas se desenvolvem em pupas em até 10 dias. Após esse estágio, emergem como mosquitos adultos.
A gente já sabe e não custa lembrar que as medidas contra a proliferação dos mosquitos devem continuar sendo adotadas, mesmo com dias mais frios.
Cuidados
- evitar água parada
- evitar lixo acumulado
- evitar piscinas sem tratamento
- evitar recipientes que podem acumular água parada, como pneus e vasos de planta
- usar repelente e telas nas portas e janelas.
De acordo com a Vigilância em Saúde de Bagé, sete casos de dengue foram confirmados na cidade, alguns deles com transmissão autóctone, ou seja, contraídos no município. O Rio Grande do Sul, nesta última semana, decretou situação de emergência por conta do aumento no número de casos da doença. Mais de 100 pessoas já morreram de dengue no Estado em 2024.
O decreto permite um processo ágil e célere na compra de insumos, como medicamentos e vacinas, entre outros, facilitando o enfrentamento da dengue. Também facilita que o governo federal destine ao Estado recursos específicos para ações de combate à dengue.