Cidade
Churrascaria do Magrão fecha as portas após mais de 30 anos
por Jaqueline Muza
O empresário Luiz Mario Soares Vidart (Magrão), de 63 anos , encerrou as atividades da sua Churrascaria em janeiro, após mais de 30 anos no mercado. O empreendimento, tradicional em Bagé, vivenciou a crise da pandemia e, por comercializar alimentos com valor acessível, segundo Vidart, não conseguiu manter-se aberto.
A Churrascaria iniciou como delivery há mais de 30 anos, na rua Félix da Cunha. Após, mudou-se para a Marechal Floriano, em prédio próprio onde esteve por mais de duas décadas. Conforme Vidart, a carga tributária foi um dos motivos do fechamento. Além disso, a falta de mão de obra qualificada fez com que desistisse do empreendimento. “Tudo subiu, imposto, luz, carga tributária, alimentos, não tem como manter”, relata.
Antes da pandemia, o restaurante atendia, em média, 100 pessoas diariamente. Após, quando retomou as atividades depois do fechamento momentâneo, eram servidas, em média, seis refeições e, no final, chegou a atender uma média de 25 a 30 pessoas diariamente”, revela.
Vidart destaca que trabalhou a vida toda impulsionado pelo sogro, que também era proprietário de um restaurante em Bagé. Ele ressalta que o empreendimento continua montado e conta com espaço para 240 pessoas, dois salões, cozinha industrial, freezer e todo o material de trabalho. “Queremos alugar o ponto, ou vender o prédio que também conta com apartamento na parte de cima. Quem assumir vai ter que investir um pouco em melhorias para atualizar o espaço”, salienta.
Atualmente, o empresário está morando com a filha, que é médica e auxilia nos cuidados dos netos. Também ajuda o filho, que é empresário, e dedica um tempo com a mãe, que mora na zona rural. Ele aguarda a aposentadoria, que deve sair ainda este ano.