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Segurança

Réus são condenados pela morte de Sapatinho, em 2019

Em 10/08/2022 às 14:58h
Rochele Barbosa

por Rochele Barbosa

Réus são condenados pela morte de Sapatinho, em 2019 | Segurança | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Foto: Rochele Barbosa

Durante toda a terça-feira, dia 9, até as 1h40min desta quarta-feira, dia 10, ocorreu o julgamento dos quatro réus acusados pela morte de Rodrigo Saraiva Rodrigues, conhecido como “Sapatinho”, então com 32 anos, ocorrida no dia 6 de junho de 2019, na rua Luis Monteiro Magalhães, bairro Morgado Rosa. O quarteto foi condenado.

Tiago Rafael Leges Ferreira, conhecido como “Mochilão”, de 36 anos, foi sentenciado a 21 anos e 4 meses, pelos delitos de homicídio qualificado e corrupção de menores. Joaquim Pedro Gomes Amaral, vulgo “Quinho”, de 22 anos, foi condenado a 14 anos e 8 meses. Ruhan Brum Silveira, de 22 anos, foi sentenciado a 20 anos, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, sendo absolvido pelo crime de corrupção de menores. Já a ré Tanise dos Santos Rodrigues, de 27 anos, foi condenada por corrupção de menores, com a pena de um ano e seis meses, em regime semiaberto - ela será solta por este processo, mas permanecerá presa devido à outra condenação.

De acordo com a sentença de pronúncia, na ocasião, "previamente conluiados e ajustados, bem como determinados pelo mandante de 36 anos, valendo-se do uso indevido de aparelho de telefone celular introduzido ilegalmente no interior da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, onde cumpre pena, os executores dois jovens de 22 anos e um adolescente, reuniram-se, um dia antes, dia 5 de junho de 2019, na casa de outro adolescente, a fim de acertarem detalhes do delito, local em que a mulher de 27 anos, acompanhada de outra mulher (não identificada), chegou ao anoitecer, tripulando uma motocicleta Honda/CG Titan, cor preta, entregando-lhes três armas de fogo, sendo dois revólveres, calibre 38, e uma pistola, calibre 9mm”.

Em 6 de junho de 2019, por volta das 02h50min, "um dos adolescentes conduziu e mostrou aos executores a casa alvo do crime. Ato contínuo, os três homens arrombaram a porta de entrada e ingressaram no local, cada qual portando uma arma de fogo, encontrando Rodrigo e sua companheira dormindo, momento em que efetuaram diversos disparos de armas de fogo, alvejando o ofendido com cinco projetis, um acertando a cabeça e quatro nas costas, e de raspão na mão esquerda.

A denúncia aponta, ainda, que o quarteto também tentou matar Cibele Garcia Tavares. Eles efetuaram diversos disparos de armas de fogo em sua direção, causando lesões graves no tórax. O delito teria sido cometido para assegurar a ocultação e a impunidade do crime de homicídio praticado contra Rodrigo Saraiva Rodrigues. Além das acusações de homicídio e tentativa de homicídio, os réus também responderam por corrupção de menores.

Interrogatórios

O primeiro a ser ouvido foi Tiago “Mochilão”. Ele, que foi réu confesso, afirmou que mandou matar “Sapatinho”, pois ele estaria comercializando drogas na sua região, para a facção dos “Bala na Cara”, que são inimigos da organização que ele lidera. “Eu pedi para um menor de idade e para o Ruan, e outro menor que não sei o nome. Eu já tinha mandado avisos para o Rodrigo, que era da facção 'Bala na Cara', então mandei executá-lo”, contou.

Ele disse que tem mais de 50 processos na comarca de Bagé. Sobre os outros réus, ele contou que Joaquim era seu inimigo e não contatou ele para participação do crime e que Tanise também não foi chamada pelo mandante. Ele ressaltou que tinha contato com o marido dela, que ele guardava algumas armas para ele. “As armas eu mandei por um mototáxi que é da nossa facção e faz esse tipo de trabalho”, contou.

Mochilão destacou que ordenou o crime pela rede social Whatsapp, quando estava preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). “No Rio Grande do Sul, quando estava preso, sempre tive acesso a telefones celulares. Agora na Penitenciária Federal não faço mais contatos. Os menores que mandei para o serviço conheci através de outro preso, que disse que tinha uns 'guris' que poderiam fazer o trabalho. Então mandei o mototáxi levar as armas para eles em frente ao colégio do Morgado Rosa”, informou.

O réu relatou ainda que os executores não receberiam nada para realizar o crime. “Tem uma rapaziada que gosta da facção, que fazem por gostar. Em vez de estar em cima de uma carroça, preferem estar com uma pistola na cintura”, explicou. Sobre o réu Ruhan, frisou não conhecia o jovem, que foi através do preso que ele conheceu na prisão que indicou.

Finalizando o depoimento, Mochilão destacou que está, hoje, em um sistema penitenciário federal onde fica mais tempo lendo livros. “Se eu pudesse resetar eu seria um trabalhador, mas não posso. Não gosto de pessoas que não são criminosas e que são presas, pois fico com pena”, concluiu.

O segundo a depor foi Joaquim. Ele ressaltou que não estava no local do crime, que estava em casa com os irmãos, e que não tem contato com nenhum dos outros réus e não sabe porque estava envolvido na acusação. Frisou, aliás, que apenas conhecia um dos menores que teria mostrado onde era a casa da vítima, mas conhecia do bairro onde morava.

Ruan, por sua vez, declarou que conhecia um menor de idade e que participou do crime apenas porque foi chamado por um menor que iria fornecer drogas para ele. “Eu usava drogas, era dependente, mas fui até o local e dei um tiro na mão dele. Não fui eu que atirei na mulher e nem matei ele. Eu me arrependo de ter ido até o local e só fui porque devia para o menor que me chamou para cometer o crime”, falou.

Já Tanise afirma que estava em regime semiaberto e no dia do crime estava no Presídio e ficou sabendo apenas depois. “Eu não levei arma para ninguém para cometer esse crime. Fiquei sabendo depois que as armas foram encontradas na minha casa. Não participei de nada. Já fui condenada por este crime de posse de arma, mas não levei arma para matarem ninguém”, defendeu-se.

O julgamento durou mais de 14 horas e a sentença foi proferida apenas na madrugada de quarta-feira.

 

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