Segurança
Júri de acusados de matar “Sapatinho” acontece nesta terça-feira
por Rochele Barbosa
Nesta terça-feira, dia 9, a partir das 9h30min, acontece o julgamento de quatro réus (um homem de 36 anos, dois jovens de 22 anos e uma mulher, de 27). O quarteto é acusado pela morte de Rodrigo Saraiva Rodrigues, vulgo “Sapatinho”, então com 32 anos, no dia 6 de junho de 2019, na rua Luis Monteiro Magalhães, bairro Morgado Rosa.
De acordo com a sentença de pronúncia, na ocasião, "previamente conluiados e ajustados, bem como determinados pelo mandante de 36 anos, valendo-se do uso indevido de aparelho de telefone celular introduzido ilegalmente no interior da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, onde cumpre pena, os executores dois jovens de 22 anos e um adolescente, reuniram-se, um dia antes, dia 5 de junho de 2019, na casa de outro adolescente, a fim de acertarem detalhes do delito, local em que a mulher de 27 anos, acompanhada de outra mulher (não identificada), chegou ao anoitecer, tripulando uma motocicleta Honda/CG Titan, cor preta, entregando-lhes três armas de fogo, sendo dois revólveres, calibre 38, e uma pistola, calibre 9mm”.
Em 6 de junho de 2019, por volta das 02h50min, "um dos adolescentes conduziu e mostrou aos executores a casa alvo do crime. Ato contínuo, os três homens arrombaram a porta de entrada e ingressaram no local, cada qual portando uma arma de fogo, encontrando Rodrigo e sua companheira dormindo, momento em que efetuaram diversos disparos de armas de fogo, alvejando o ofendido com cinco projetis, um acertando a cabeça e quatro nas costas, e de raspão na mão esquerda.
O delito foi impelido, frisa a acusação, "por motivo torpe, uma vez que decorrente de desavenças relacionadas ao tráfico de drogas e seus consectários comerciais. Além disso, na medida em que o apenado acusado, é líder de uma facção da qual os executores e os partícipes são integrantes, agiu por vingança, em retaliação ao fato de Rodrigo atuar de forma concorrente no tráfico de drogas. Em razão disso, contratou os denunciados e dois adolescentes, que igualmente por motivo torpe, para cometerem o homicídio, atendendo a ordem do mandante, sendo conhecido narcotraficante de drogas".
A denúncia aponta, ainda, que o quarteto também tentou matar Cibele Garcia Tavares. Eles efetuaram diversos disparos de armas de fogo em sua direção, causando lesões graves no tórax. O delito teria sido cometido para assegurar a ocultação e a impunidade do crime de homicídio praticado contra Rodrigo Saraiva Rodrigues. Consta que ela somente não morreu pois foi socorrida pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU), que a conduziu ao Hospital de Pronto Socorro da Santa Casa de Caridade (HPS), onde recebeu eficaz atendimento médico-hospitalar.
Além das acusações de homicídio e tentativa de homicídio, os réus também responderão por corrupção de menores.