Segurança
Homem é condenado por tentar matar policial militar
por Rochele Barbosa
Patrick Ribeiro Mendes, de 34 anos, foi condenado a 26 anos seis meses e dois dias de prisão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade, no júri popular que ocorreu na sexta-feira, dia 1º de julho. Ele era réu pela acusação de tentar matar um policial militar no dia 6 de dezembro de 2019, na rua Fernando Machado, próximo à Escola Silveira Martins, após uma tentativa de roubo à uma residência e também respondia por corrupção de menores e roubo majorado.
De acordo com a sentença de pronúncia, o denunciado, em comunhão de esforços com dois adolescentes, entrou em uma residência com a intenção de roubar, mediante grave ameaça exercida com emprego de armas de fogo. Consta que o grupo ameaçou uma mulher e um funcionário da casa, forçando-os a os levarem até um cofre do local.
Uma das vítimas conseguiu chamar a Brigada Militar e os infratores fugiram em direção à residência de outra vítima, onde o denunciado pegou um telefone celular e R$ 500 e US$ 40, em cédulas. Os três ainda tentaram roubar o carro da vítima, levando o homem como refém, para tentar fugir do local, mas, por descuido, abriram o portão e avistaram a BM, que estava cercando a casa do primeiro fato.
Na sequência, ainda como descreve a sentença de pronúncia, o denunciado atirou contra o policial militar que havia entrado no pátio para efetuar a prisão dos acusados. O réu, que estava no telhado, atirou duas vezes contra o servidor da polícia, que revidou os tiros. O indivíduo foi capturado pelos outros policiais, sendo preso em flagrante, assim como os dois adolescentes foram detidos.
Depoimentos
Foram ouvidos o policial vítima, que declarou que o homem atirou contra ele e que a polícia chegou se identificando e eles continuaram o delito. Depois foi ouvida a primeira vítima, morador da residência - ele contou que viu a chegada dos criminosos, que ameaçaram a sogra dele. Ele ainda destacou que o trabalho da Brigada Militar foi impecável e que eles chegaram e se identificaram e tiveram uma ação efetiva.
A vítima que foi ameaçada com arma apontada destacou que, durante todo o crime, os acusadas disseram que iam lhe matar e que eles pediam para abrir o cofre, sendo que não havia um em casa.
Um funcionário, mestre de obras, também foi ouvido e contou que viu o pedido de socorro do proprietário da casa e desligou a máquina que estava trabalhando. Foi quando ouviu barulhos e ligou para a Brigada Militar.
O vizinho que teve a casa invadida e o telefone celular roubado, por sua vez, salientou o trabalho da Brigada Militar e frisou que foram momentos de muita tensão.
Interrogatório
O réu, ao depor, contou que levou diversos disparos de arma de fogo dos policiais militares. “Eu cai após ser baleado, não atirei contra ninguém, minha munição estava intacta. Não tinha intenção de matar ninguém. Acho que ele (o policial vítima) queria me incriminar, pois sou o único maior de idade e ele tem que alegar algo porque ele atirou contra mim. Eu fiquei baleado e ferido”, defendeu-se. Contudo, a alegação não surtiu efeito e ele foi condenado.