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Esportes

Técnico bajeense, Marcão assume equipe de vôlei em Portugal

Em 28/06/2022 às 16:25h
Yuri Cougo Dias

por Yuri Cougo Dias

Técnico bajeense, Marcão assume equipe de vôlei em Portugal | Esportes | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Profissional se formou em Educação Física pela Urcamp - Foto: Felipe Valduga

Mesmo com todas as dificuldades existentes, seja por questões geográficas ou econômicas, Bagé tem um amplo histórico de revelação de atletas, espalhados por diversas modalidades. Pode não ter um sistema que permita que esses surgimentos sejam constantes, porém, são vários os nomes, em diferentes épocas, que fizeram com que a Rainha da Fronteira tivesse seus holofotes em vários cantos do mundo.

Um dos cenários mais brilhantes do esporte foi protagonizado nas décadas de 1980 e 1990, com times universitários das Faculdades Unidas de Bagé (FUnBa), a atual Urcamp. Uma das modalidades que tiveram investimentos foi o vôlei, viabilizado mediante parceria com a prefeitura. Então, além do fortalecimento de modalidades, o projeto proporcionava, ainda, que os jovens tivessem oportunidades de acesso ao Ensino Superior, por meio de bolsas e parceiros. Um dos profissionais que viveu esse período e ganhou destaque no cenário esportivo foi Marcus Vinícius Antunes, hoje com 61 anos, conhecido como “Marcão”.

Formado em Educação Física pela Urcamp, Marcão está no Paraná há 35 anos. Desses, 31 dedicados ao vôlei de Foz do Iguaçu, com diversos títulos e repercussão estadual e nacional, tanto no naipe masculino quanto no feminino. E mesmo com todo esse período de serviços prestados ao esporte, assumirá um novo desafio. Em setembro, embarca para Portugal, mais especificamente para a cidade de Caldas da Rainha, que fica a 90 km de Lisboa, para assumir o time masculino adulto do Sporting Clube Caldas.

Faltando pouco mais de dois meses para a viagem, Marcão aproveitou para visitar a sua cidade-natal. Então, a reportagem do JM recebeu o treinador, na redação, e bateu um papo sobre a carreira e as perspectivas com a chegada deste novo projeto.

A origem da proposta e o plano trabalho

Segundo Marcão, tudo começou a partir de uma conversa informal, entre o atleta Sporting Clube Caldas, Thiago Bart, que já trabalhou com ele, com o técnico do Sporting Lisboa, Gersinho, que foi colega de Marcão no projeto Rexona, em Curitiba. No caso, o bate-papo ocorreu por conta de um amistoso entre as duas equipes. Assim, Marcão foi indicado para trabalhar no clube português.

As sondagens iniciaram ainda em outubro de 2021, porém, Marcão precisava organizar sua vida pessoal e profissional. Professor de Educação Física, é aposentado do Estado, porém, ainda possui comprometimento com o município, no caso, Foz do Iguaçu. “Me aposento em agosto. Pensei: ou consigo de vez a aposentadoria ou tiro licença que tenho direito. Passou os meses, o clube teve eleição e as conversas esfriaram. Depois que tudo se resolveu, o presidente me ligou para fechar. Acertamos e ele pediu que eu levasse, ainda, cinco atletas brasileiros”, relata.

A meta do clube, conforme Marcão, é ficar entre os oito primeiros colocados da Liga A de Portugal. E, se for possível, se classificar para a Champions da Europa. Para isso, precisa ficar entre os quatro melhores da liga nacional. Além do compromisso com o time adulto, a diretoria também pediu para que o bajeense prestasse suporte para as categorias de base e, também, avaliasse os meninos que treinam no clube. A temporada começa em setembro e se estende até abril do próximo ano.

Treinamentos em dois períodos

Mas o objetivo de Marcão não é somente atingir resultados em quadra. Ele também terá a missão de provocar mudanças culturais no vôlei português. Diferentemente do que acontece no Brasil, os jogadores portugueses costumam ter outro compromisso profissional além do esporte. Ou seja, trabalham de dia e treinam à noite. É comum que o país importe atletas brasileiros, e estes, no caso, vão para Portugal para se dedicar exclusivamente ao vôlei. “Com os brasileiros, exigiremos trabalhos em dois períodos, até mesmo os portugueses que não tiverem outro compromisso. Não é apenas uma aventura, vou para trabalhar. Até porque não posso queimar tudo que eu já fiz aqui. Mas, também que, se não der certo por algum motivo, tenho uma estrutura em Foz do Iguaçu para voltar”, observa.

O legado de Tidão

Sempre quando relembra dos primeiros passos no vôlei, Marcão traz à tona os ensinos deixados por Tidão. Essas conversas, na concepção dele, foram primordiais para ter crescido profissionalmente. “Se você trabalhar, algum um dia vão reconhecer. Se você não trabalhar, também. Mas é o prazer de fazer o trabalho bem feito, independente de onde estiver e com os recursos que vocês têm. Sempre fiz as coisas bem feito, pela paixão ao vôlei. Foi o vôlei que me deu uma profissão. Quando tínhamos aquele time da Funba, o Tidão falava: você tem que jogar, mas tem que estudar também. Muitos que jogaram com a gente não aproveitaram e acabaram não se formando”, contextualiza

O maior sonho de Marcão, para ele, é que Bagé voltasse a ter uma equipe de vôlei com o nível semelhante daquela que vivenciou na década de 1990. “Meu sonho talvez não fosse ir para Portugal, mas ter uma equipe igual a que a gente teve, mas agora em Bagé. No Paraná, o esporte é muito forte, fruto de um trabalho muito forte das prefeituras. Em Foz do Iguaçu tem bolsa atleta, contemplamos mais de 400 atletas em diversas modalidades”, enfatiza.

Por fim, Marcão deixa o agradecimento a Tidão e fala do orgulho de levar o nome de Bagé para diversos locais, e agora, para o solo europeu. “Tudo isso que está acontecendo, toda essa caminhada eu tenho que voltar e olhar para cá. Me formei aqui, meus primeiros passos foram neste local. Claro, depois fiz outros cursos e busquei outros caminhos, mas agradecendo e reconhecendo a cidade. E sempre procuro enaltecer o nome do Tidão, porque ele merece. As coisas que eu conquistei, além do meu trabalho, tem o dedo dele, tanto como atleta, profissional e como pessoa”, finaliza.

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