Campo e Negócios
Região soma 84 mil hectares de florestas de eucalipto
por Redação JM
A região de Bagé ganhou destaque, nesta semana, dentro do Informativo Conjuntural, produzido e publicado na quinta-feira, dia 9, pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Instituição, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). E o foco foi a silvicultura, especificamente as florestas de eucalipto que, segundo o levantamento, já atingem cerca de 84 mil hectares, reunindo 244 produtores comerciais em cidades próximas à Rainha da Fronteira.
"A maior parte dessas áreas pertencem a empresas florestais. A produção das florestas comerciais de eucalipto está entre 260 e 580 m³/ha, segundo levantamentos de inventários de florestas, que tem entre oito e 12 anos. Em alguns locais, a produção superou a expectativa inicial. A madeira é destinada principalmente à produção de celulose e energia. Há grande fluxo de exportação para China de toras das florestas de idade maior, ou seja, com mais de 10 anos", detalha o Informativo.
As florestas da região, de acordo com a análise, apresentam bom desenvolvimento, principalmente em solos arenosos e bem drenados. "Muitos produtores do Programa de Fomento Poupança Florestal, do qual a Emater/RS-Ascar faz parte, optaram por continuar com a atividade devido ao bom retorno econômico obtido na venda para celulose, e hoje estão prospectando novos mercados para intensificar o manejo das árvores. São 6.300 hectares de florestas de eucalipto, parte em estágio de condução da brotação e outra parte em maturação e colheita. Nessas áreas, produtores conduzem a brotação e realizam a prática de desbrota, deixando de um a dois brotos por cepa. Outras práticas de manejo são controle de formigas, adubação, capina, roçada nas florestas jovens e nas adultas, nas quais normalmente há gado na área em que realizam essa limpeza na vegetação", complementa.
A comercialização do eucalipto do Programa Poupança Florestal é paga em duas vezes aos produtores: aos 7,5 anos de idade, mediante inventário florestal, recebem R$ 34,50/m³ em pé e com casca por 70% do volume apurado na medição da empresa; no acerto final, por ocasião do corte, recebem de R$ 45,00 a R$ 50,00/m³ em pé mediante novo inventário florestal, que apura o crescimento ocorrido. O serviço de corte e transporte da madeira é por conta da empresa.