Campo e Negócios
Aprovado reconhecimento cultural da Marcha de Resistência do Cavalo Crioulo
por Redação JM
O Plenário do Senado aprovou, na terça-feira, dia 7, o projeto de lei que torna a Marcha da Resistência do Cavalo Crioulo do Rio Grande do Sul uma manifestação da cultura nacional e impõe ao poder público assegurar a livre realização dessa atividade (PL 408/2019). Como a matéria já tinha sido aprovada na Câmara dos Deputados, o texto segue para sanção presidencial.
No Senado, o projeto foi aprovado com relatório favorável do senador Lasier Martins (Podemos-RS). Ele disse que a iniciativa contribui para “conferir legitimidade ao caráter cultural dessas manifestações, particularmente daquelas que sofrem algum tipo de preconceito em razão de sua origem social". "A Marcha do Cavalo Crioulo faz parte do patrimônio cultural gaúcho. (...) é um fator de identidade do povo gaúcho", afirmou.
A Marcha de Resistência é uma prova que tem como objetivo selecionar rusticidade, resistência e capacidade de recuperação do cavalo crioulo. Para a realização das provas, os participantes se concentram por 30 dias, para equiparar as condições físicas e nutricionais de todos os animais. Logo depois, observada a saúde do animal, são percorridos 750 quilômetros em 15 dias.
De acordo com o autor da proposta, o deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), a raça crioula está bastante estabelecida no país. Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), o crescimento dessa manada no Brasil em 2015 atingiu 6,4%, totalizando 402.341 animais em todos os estados. A tradição da Marcha de Resistência ocorre não só no Brasil, mas também na Argentina e no Uruguai. No RS, as cidades de Alegrete, Bagé, Canguçu, Santa Maria, Dom Pedrito, Rosário do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Uruguaiana, e Jaguarão realizam a marcha.
Fonte: Agência Senado