Segurança
Como foi o julgamento que absolveu dupla acusada de tentativa de homicídio?
por Rochele Barbosa
Dois homens, de 36 e 25 anos, foram absolvidos em julgamento realizado nesta terça-feira, dia 31, no Fórum de Bagé. Ambos eram acusados de tentarem matar Alberto dos Santos Modernel, no dia 11 de outubro de 2014, na rua 741, bairro Prado Velho.
Segundo a sentença de pronúncia, proferida pela juíza Naira Melkis Caminha, os acusados, em comunhão de esforços e conjugações de vontades, tentaram matar a vítima, "no mínimo assumindo o risco de produzirem o resultado morte, ao efetuarem disparos de arma de fogo contra a vítima, somente não consumando o delito por circunstâncias alheias às suas vontades".
Consta que, na ocasião, o ofendido se encontrava nas imediações da residência de sua namorada, "instante em que o denunciado de 36 anos efetuou disparos de arma de fogo (aproximadamente seis) contra a vítima, sendo que um dos disparos efetuados atingiu-a em local de alta letalidade".
Testemunhas
Foram ouvidas duas testemunhas de acusação, sendo uma delas a vítima do fato. Modernel destacou que, na data do crime, estava andando de bicicleta e que foi alvejado a tiros, inclusive uma bala acertando a coluna cervical. "Eu tinha ouvido falar que eram eles que queriam me matar", relatou. A segunda testemunha era a ex-companheira da vítima, que enalteceu que não viu quem havia atirado, que estava dentro de casa com os filhos pequenos na ocasião. "Eu falei na Polícia que tinha sido eles porque o Alberto disse que tinha sido, mas eu não vi", destacou.
Interrogatórios
O primeiro réu a ser ouvido foi o acusado de 36 anos. Ele disse que no dia do fato estava em casa e que, inclusive, ouviu os disparos e botou as crianças para dentro da residência. Contou que seu sobrinho, o outro réu, estava com uma luxação no pé e estava em casa de repouso, após um acidente de motocicleta que tinha sofrido.
O réu de 25 anos confirmou que estava em casa com uma luxação, pois três dias antes estava com um mototaxista e eles caíram de motocicleta após um cachorro ter atravessado a frente do veículo. "No dia eu ainda havia ido até o Pronto-Socorro, onde fui medicado e fui pra casa com o pé imobilizado", completou.
No julgamento, Ministério Público e defesa pediram a absolvição dos réus, o que foi atendido pelo corpo de jurados.