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Renasce Santa Fé reascende discussões sobre restauro da cidade cenográfica

Em 07/05/2022 às 10:02h
Yuri Cougo Dias

por Yuri Cougo Dias

Renasce Santa Fé reascende discussões sobre restauro da cidade cenográfica | Cidade | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Ǵravações de O Tempo e o Vento estão prestes a completar 10 anos | Foto: Tiago Rolim de Moura

Construída em 2012 para as gravações do longa-metragem “O Tempo e o Vento”, dirigido por Jayme Monjardim, baseado na obra literária de Érico Veríssimo, a cidade cenográfica de Santa Fé tem sido alvo de várias articulações para que o legado turístico se torne um efetivo patrimônio do município e tenha sua estrutura solidificada.

Na busca por captação de recursos para os devidos restauros, a Associação Centro Cultural e Turístico Cidade de Santa Fé, com apoio do Gabinete do Vice-Prefeito e da Associação Pampa Gaúcho de Turismo (Apatur), realiza o “Renasce Santa Fé”, no dia 14 de maio, às 20h, dentro da programação da 17ª Festa Internacional do Churrasco (que vai de 12 a 15 de maio). Na ocasião, haverá um jantar típico “Paella Riograndense”, com show musical e desfile da marca Ovelha Urbana. O evento acontecerá no Galpão de Eventos “Pedro Silveira”, dentro do Parque do Gaúcho Dilmas Costa, núcleo temático Luiz Godinho. Mais detalhes podem ser obtidos pelo telefone: (53) 99971 6113.

Vice-presidente da Associação Santa Fé e presidente da Apatur, Clori Giordani Peruzzo ressalta que o jantar tem um custo simbólico de R$ 85 por pessoa. O valor arrecadado será revertido para o trabalho de revitalização da cidade cenográfica, cujo projeto está sendo articulado pela produtora Santa Fé, sediada em Pelotas. “Acredito que, em breve, se inicie a revitalização. É um jantar de integração do público que gosta da Santa Fé e valoriza tudo que diz respeito a parte turística da cidade. Precisamos participar juntos para que, realmente, as coisas aconteçam rapidamente”, enfatiza.

As articulações do projeto

Justamente quando se completa 10 anos da gravação de O Tempo e o Vento, o poder público e as entidades ligadas ao turismo tecem expectativas para que o trabalho se concretize. Coordenadora de eventos do município e responsável pela articulação do projeto, junto à produtora, Anacarla Oliveira salienta que, em sua essência, a cidade cenográfica foi criada para durar seis meses, ou seja, apenas para filmagem do longa-metragem. “Mas por conta do apelo turístico e histórico, ficou toda a emoção do local. Desde então, foi criada uma gestão de Associação de Amigos da Cidade Cenográfica de Santa Fé, que veem fazendo articulações. Com a pandemia, deu uma parada, porém, como poder público, conseguimos algumas ações efetivas”, relata.

Dentro desse contexto, Anacarla considera quatro ações como efetivas. A primeira delas foi a assinatura de um convênio, entre município e Associação, que garante um repasse mensal para recuperação dos 15 prédios existentes no local.

A segunda ação destacada foi mediante Secretaria de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan), que originou no projeto de reconstrução em alvenaria, do Centro de Eventos Terra Cambará, onde estava situado o Sobrado. Para isso, está disponível uma emenda do deputado federal Afonso Hamm, no valor de R$ 241 mil, com contrapartida de R$ 111 mil da Prefeitura. “Após vários trâmites burocráticos, recebi a notícia que a Caixa Econômica Federal aprovou o projeto. Agora, vamos abrir uma licitação para que as empresas possam reconstruir esse sobrado”, salienta.

A terceira ação, segundo ela, é a da produtora Santa Fé, que buscará, por meio de Lei de Incentivo, recursos para restauração do complexo. “O projeto e a planta para construção da igreja já estão aprovados pelo município e pela associação”, comenta. Por fim, a quarta ação, que é a limpeza da cidade Cenográfica de Santa Fé. “São várias ações para que se dê o pontapé inicial num local que é centro de referência histórico-cultural. Só se ganha turismo, geração de emprego e renda”, finaliza.

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