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Março Lilás encerra valorizando os cuidados com a saúde da mulher

Período foi de conscientização sobre o câncer de colo de útero

Em 31/03/2022 às 12:59h

por Redação JM

Março Lilás encerra valorizando os cuidados com a saúde da mulher | Urcamp | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
“A prevenção e a detecção precoce são aliadas", diz Milena | Foto: Luana Soares

por Luana Soares
Acadêmica do curso de Jornalismo


O mês de março está relacionado a uma época de atenção especial à saúde da mulher. Essa campanha tem o objetivo de informar a população sobre o câncer de colo de útero. O “Março Lilás” é responsável por divulgar o conhecimento sobre essa doença, apontando os sinais e os sintomas para alertar as mulheres a buscarem ajuda médica.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, localizado no fundo da vagina. Na maioria das vezes, as lesões primárias são totalmente curáveis, mas se não forem tratadas podem se transformar em câncer, e sem o tratamento é quase sempre fatal.

Durante todo este mês, as instituições de saúde da rede pública e privada promoveram diversas campanhas de conscientização sobre os riscos de desenvolvimento da doença, informando os sintomas e como se prevenir.

De acordo com a enfermeira responsável pela saúde da mulher da 7ª CRS (Coordenadoria Regional de Saúde), Milena Moreira, acredita-se que a escolha da cor lilás está relacionada ao movimento que ocorreu na Inglaterra, em 1908, no qual as mulheres lutaram pelo direito ao voto. “Nesse episódio, que ficou conhecido como Movimento Sufragista, as mulheres elegeram as cores lilás, branco e verde como símbolos da campanha”, declara a enfermeira.

Para o ginecologista e obstetra, Leopoldo Passos Konzen, o intuito dessa campanha é realizar a divulgação do perigo do desenvolvimento da doença. “Escolher um mês do ano para fazer todos os exames fica como uma rotina, então se, por exemplo, escolher o mês de março para fazer a coleta do preventivo vai criando um hábito de todo o ano quando chega aquela época a pessoa se encaminha para fazer a revisão. Isso porque muitas vezes as mulheres podem esquecer, então é bom pegar um mês no calendário e saber que é preciso fazer o rastreamento do câncer de colo de útero”, afirma o médico.

Sintomas, tratamento e prevenção
Segundo Konzen, como é uma doença que fica oculta, nos estágios iniciais, os sintomas começam a aparecer quando a mulher tem sangramento persistente ou depois de uma relação sexual. Os pequenos sangramentos tipo escapes podem estar relacionados ao câncer de colo de útero. Outros sinais podem ser o corrimento vaginal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
A prevenção pode ser feita com o uso de preservativo, alinhado a exames de rotina para rastreamento e diagnóstico precoce. Outra aliada no controle da doença é a vacinação contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos. “Quando a mulher começa a ter relações, logo na primeira vez ela já tem 10% de chance de contrair o HPV, e se tiver um relacionamento que perdure por quase um ano, ela tem 80% de chances de pegar o HPV. O HPV é um vírus que vai se inserir dentro do colo do útero, através de pequenas fissuras, e vai atingir as células das camadas mais profundas do útero. Com o tempo, se o organismo da mulher não conseguir fazer uma imunidade contra ele, ele vai fazer uma ferida, e essa ferida começa a evoluir e depois de vários anos se transforma em câncer, que posteriormente pode ser muito difícil de ser tratado”, esclarece o ginecologista.

O tratamento depende do estágio da doença. No caso de fases iniciais, no qual o diagnóstico é feito apenas pela coleta do exame ou pela colposcopia, o tratamento é uma cauterização ou uma biópsia, geralmente essas lesões não são câncer, são doenças pré-câncer e o tratamento pode ser realizado no consultório. Já para tratar o câncer é mais complicado, pode ser de forma cirúrgica, nos primeiros meses, com a retirada total do útero e dos gânglios, ou, em estágio mais avançado, é aplicada quimioterapia e radioterapia.

Vacina e preventivo
A vacina já está no Programa Nacional de Imunizações (PNI), e tem que ser feita entre 9 a 14 anos. “Além das meninas, a vacinação pode ser feita nos meninos. O Brasil é o primeiro país da América Latina que vacina meninos, também de 9 a 14 anos, pois o homem é um transmissor, então é muito importante vacinar ambos os sexos”, pontua Konzen. De acordo com Milena, as taxas de vacinação contra o HPV na região, nos últimos anos, se encontram em baixo nível, fato atribuído principalmente à pandemia de COVID-19, associado às aulas on-line ou híbridas nas escolas, o que ocasionou pouco trabalho do PSE (Programa de Saúde na Escola).

Para diagnosticar o câncer de colo de útero precocemente a melhor forma é fazer o preventivo, conhecido também como Papanicolau. A detecção precoce melhora as chances de sucesso do tratamento e impede que as alterações precoces das células do colo do útero se tornem cancerígenas.

Para a estudante Vitória Nunes, os exames de rotina são essenciais para a nossa saúde, pois é através deles que podemos ver o que está acontecendo em nosso corpo, se temos alguma patologia e como tratá-la precocemente. “Eu realizo o preventivo desde que comecei a me relacionar sexualmente, e sempre aconselho a realização do exame, pois qualquer anormalidade que possa haver no resultado, quanto antes for tratada, melhor vai ser”, pontua.

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