Segurança
Réu é condenado a 14 anos de reclusão por matar homem com barra de ferro em Bagé
por Rochele Barbosa
Guilherme Dutra, de 30 anos, foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado, pelo Júri Popular realizado nesta terça-feira, dia 14, pela morte de Vinícius Lopes Ferreira, registrado no dia 3 de novembro de 2019, por volta das 00h30min, em uma casa no bairro Balança.
De acordo com a sentença de pronúncia, na oportunidade, em razão de controvérsia relativa a posse de uma rastra (peça da indumentária gaúcha), o denunciado e a vítima coabitantes, desentenderam-se, tendo o acusado manejado um balancim de carroça (instrumento contundente constituído de madeira e ferro), passado a golpear multiplamente a cabeça da vítima. Consta qye Ferreira ficou internado durante dois dias e morreu em decorrência de “hemorragia e desorganização cerebral por trauma crânio encefálico”.
"O denunciado praticou crime por motivo fútil, desdobramento de mera desinteligência havida entre os envolvidos, que eram amigos e à posse/propriedade de peça de vestuário (roupa)", cita a sentença de pronúncia, que completa: "O delito ainda foi perpetrado com emprego de meio cruel, porquanto o réu desferiu múltiplos golpes na cabeça da vítima com um instrumento contundente constituído de ferro e madeira, causando-lhes sérias lesões suprarreferidas e levando-a a morte, o que nela impingiu intenso e desnecessário sofrimento".
Testemunhas
Foram ouvidas apenas duas testemunhas do fato: o policial civil responsável pela investigação do crime, que relatou o que teria acontecido e exposto no inquérito, e um apenado, pela defesa.
O detento contou que viu réu e vítima brigando, quando estava na esquina da casa onde ocorreu o crime. Ele afirmou que a vítima pegava pertences de todos moradores da região e que teria agredido o acusado.
Interrogatório
O réu começou contando que a “rastra” ele tinha encontrado próximo à mineração mônego, em um dia que estavam trabalhando no local. “Eu encontrei e pedi para o Vinícius levar e guardar, pois a casa dele era mais segura. Nós morávamos na mesma casa, mas eram entradas diferentes. Na época ele usava drogas e eu também usava e ele já havia me agredido em outras oportunidades”, explicou.
Dutra ainda destacou que a vítima costumava pegar coisas dele. “Daí, ele disse que não ia me devolver a 'rastra' e que tinha vendido já e daí começamos a discutir, pois era minha e ele me deu um tapa no rosto. Daí peguei esse pedaço de pau e dei dois golpes, mas dei nos braços dele, ele caiu somente depois do segundo golpe. Eu não vi onde bateu, acho que bateu no rosto dele, mas eu só bati duas vezes e fui embora, não tinha intenção de matar”, concluiu.