Segurança
Réu é condenado a 12 anos de reclusão pela morte de Jesus André Moura Brasil
por Rochele Barbosa
Márcio Roberto Tavares Brasil, de 30 anos, foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime fechado, nesta quinta-feira, dia 9, pela morte de Jesus André Moura Brasil (Duza), ocorrido entre os dias 22 e 23 de maio de 2020, na ponte sobre o viaduto da Avenida Leonel de Moura Brizola, bairro Balança.
De acordo com a sentença de pronúncia proferida pela juíza Naira Melkis Caminha, o denunciado e a vítima, que já nutriam desavença, após o consumo de álcool e de droga, deixaram, a pé, a casa de um outro homem e, em ato contínuo, entraram em discussão na ponte existente sobre o viaduto da Avenida Leonel de Moura Brizola, momento em que o acusado, após agredir fisicamente o ofendido, empurro-o para baixo da ponte, causando-lhe a morte por “ traumatismo crânio encefálico e fratura cervical”.
Conforme a acusação, o delito foi impelido por motivo torpe (ciúmes), pelo fato de a vítima ainda manter relacionamento amoroso com uma mulher, com quem o denunciado também estava se relacionando afetivamente. "O crime foi cometido, ainda, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois, além de ter sido agredida fisicamente, foi surpreendida pelo denunciado, que a jogou para baixo da ponte existente sobre o viaduto da Avenida Leonel de Moura Brizola, o que lhe reduziu sensivelmente as possibilidades de defesa", menciona a sentença de pronúncia.
Interrogatório
O réu descreveu que, no dia do fato, estava muito alterado após usar drogas e beber muito. “Eu estava próximo a ele, mas não fui eu que empurrei. Ele tava discutindo com outro homem, começaram a brigar. Eu estava muito bêbado e não lembro de todos fatos”, contou. Ele ainda contou que a mulher que ele teria ficado foi com ele para a casa dele. “Não sei porque ela foi comigo, minha mãe até brigou comigo porque ela foi para minha casa”, relatou.
Quando questionado quando a polícia o encontrou, ele contou que havia levado uns tiros e ficou no hospital uma semana. “Então aí que eu soube que ela havia me acusado de ter matado o Duza, mas não foi eu, foi o outro homem. Não sei porque ela me acusou, a gente se deu bem sempre. Ela namorava o Duza e tinha até medida protetiva contra ele, pois ele bateu nela algumas vezes”, concluiu.