Cidade
Márcia Rochinhas é a primeira mulher a assumir a presidência da subseção Bagé da OAB
por Melissa Louçan
Após quase 90 anos de instalação da subseção de Bagé da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma mulher assumirá a presidência da entidade. Na noite de segunda-feira, a advogada Márcia Rochinhas, de 43 anos, foi eleita para representar a categoria na cidade, junto à diretoria que permanece à frente da gestão no triênio 2022/2024.
Márcia ingressou na OAB em 2004, assim que começou a carreira profissional. Desde então, atuou em muitas comissões, tendo sido conselheira em duas gestões anteriores, 2009/2014; no triênio 2015/2018 foi secretária-geral adjunta; e na gestão de 2019/2021 foi vice-presidente.
Indicada pelos próprios colegas para encabeçar a chapa única, ela celebra o reconhecimento: “É uma honra para mim, entre tantas mulheres que estão atualmente na OAB ou já estiveram trabalhando pela Ordem, ter chegado à Presidência. Muitas, com certeza, tinham competência para tanto, mas acredito que tudo acontece no momento exato. Quem sabe, em 2022, seja o momento de termos um olhar feminino na Ordem, ainda mais em um momento pós-pandemia, quando precisaremos de ainda mais união, diálogo e cooperação”, conta.
Na nova gestão, a presidente garante que a subseção deve manter todos os serviços que hoje são oferecidos à advocacia, ampliando ainda mais a atuação das comissões e participação junto à sociedade. Um dos desafios apontados por ela é o momento delicado que a categoria enfrenta, após os prejuízos ocasionados pela pandemia. “Ainda mais quando ainda não temos a reabertura total do poder judiciário, prejudicando o exercício da profissão. Então ouvir os anseios da classe, suas dificuldades, angústias e necessidades será nossa prioridade inicial, com realizações de reuniões para debater os passos que serão dados imediatamente”, destaca.
Para Márcia, os próximos passos para garantir que a advocacia seja exercida de forma plena na região é manter um diálogo com o judiciário, a fim de convencer sobre a importância de retomar as audiências presenciais e a celeridade nas decisões. “Nossa crítica é construtiva, queremos o diálogo, atuar em conjunto para corrigir as deficiências. Precisamos de empatia com a advocacia”, aponta.
Além de Márcia, a diretoria eleita também conta com Carlos Alberto da Silva como vice-presidente; Lélia Lemos de Quadros como secretária-geral; Mireia Neto Bezerra como secretária-geral adjunta; e Luís Mariano Niederauer como tesoureiro.