Região
Novo zoneamento agroecológico entra em vigor em dezembro
por Jaqueline Muza
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, quinta-feira, o novo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Bagé, Candiota Aceguá, Hulha Negra, Dom Pedrito e Lavras do Sul integram a macrorregião 1 da Região Edafoclimática 101. O documento é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura, que está sob a responsabilidade da Coordenação Geral de Zoneamento Agropecuário, subordinada ao Departamento de Gestão de Risco Rural, da Secretaria de Política Agrícola do MAPA. O estudo iniciou na safra de 1996 e vem sendo gradativamente ampliado e utilizado em larga escala no País, se consolidando como ferramenta técnicocientífica de auxílio à gestão de riscos climáticos na agricultura.
Para o estudo, foram estabelecidas cinco macrorregiões sojícolas (MRS) e 20 regiões edafoclimáticas (REC) distintas para pesquisa e indicação de cultivares. O objetivo é que os obtentores indiquem as respectivas cultivares segundo as macrorregiões e regiões edafoclimáticas. Indicação de cultivares por região edafoclimática Em razão da sensibilidade da soja (Glycine max) ao fotoperíodo, a adaptabilidade de cada cultivar varia com a latitude, ou seja, à medida que o seu cultivo se desloca em direção ao sul ou ao norte. Portanto, cada cultivar tem uma faixa limitada de adaptação em função do seu grupo de maturidade.
As portarias que divulgam zoneamento agrícola de risco climático também indicam anualmente as cultivares adaptadas às diversas regiões e que possuem disponibilidade de sementes certificadas, de acordo com informações encaminhadas pelos produtores de sementes (obtentores ou mantenedores) à Coordenação Geral de Zoneamento Agropecuário. Para indicação no zoneamento, é necessário que as cultivares estejam devidamente registradas no Registro Nacional de Cultivares – RNC do MAPA.
Variáveis
Diferentemente de outros zoneamentos existentes, que foram elaborados com base nos conceitos de potencialidade e aptidão, para o zoneamento agrícola de risco climático, além das variáveis analisadas (clima, solo e planta), são aplicadas funções matemáticas e estatísticas (freqüencistas e probabilísticas) com o objetivo de quantificar o risco de perda das lavouras com base no histórico de ocorrência de eventos climáticos adversos, principalmente a seca.
Com isso, após analisar séries históricas de dados meteorológicos são identificados para cada município e a melhor época de semeadura paras as culturas anuais nos diferentes tipos de solo e ciclos dos cultivares, dentro de níveis de risco de perda pré-estabelecidos. Apesar da metodologia científica ser relativamente complexa, os indicativos resultantes e sua aplicação prática é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, extensionistas, agentes financeiros, seguradoras e demais usuários.
Periodicidade
Esse trabalho é revisado anualmente e divulgado pelo MAPA em portarias publicadas no Diário Oficial da União a cada ano-safra e por Unidade da Federação, servindo de orientação para o crédito de custeio agrícola oficial, bem como o enquadramento no seguro rural privado e dos programas governamentais público (SEAF e PROAGRO).
As portarias que divulgam zoneamento agrícola de risco climático também indicam anualmente as cultivares adaptadas às diversas regiões e que possuem disponibilidade de sementes certificadas, de acordo com informações encaminhadas pelos produtores de sementes (obtentores ou mantenedores) à Coordenação- Geral de Zoneamento Agropecuário. Para indicação no zoneamento, é necessário que as cultivares estejam devidamente registradas no Registro Nacional de Cultivares – RNC do MAPA.