Esportes
TJD remarca julgamento do Bagé para terça-feira
por Yuri Cougo Dias
Após ter adiado, na quinta-feira (14), em razão do São Gabriel ter entregue, na véspera, mais de 100 documentos, a 4ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) reagendou para terça-feira (19), às 15h, em sessão extraordinária virtual, o julgamento do Bagé, que trata de denúncia por escalação irregular de atletas. Então, o Departamento de Competições da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) não declarará um rebaixado à Terceirona, após a última rodada da primeira fase da Divisão de Acesso, que acontece neste domingo (17).
O pedido para retirada da pauta, na quinta-feira, partiu do advogado do Bagé, Alexandre Borba, que alegou, durante a sessão, que não teve acesso aos novos documentos que foram apresentados pelo São Gabriel, horas antes do julgamento. Por conta do volume de folhs, os auditores entenderam à necessidade de um prazo para examinar estes novos documentos, mas, que em virtude da urgência de resolução do processo, convocou como uma sessão extraordinária, exclusivamente para este caso, que será na terça-feira. A sessão terá transmissão no canal do TJD no YouTube.
Entenda o caso
O jalde-negro foi enquadrado no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode ser punido com a perda de 12 pontos, acompanhado por uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Para esclarecer a denúncia, é preciso, antes, entender o regulamento.
É permitida a utilização de até oito jogadores que tenham disputado a série A de algum estadual. E a denúncia contra o Bagé, movida pelo São Gabrel e oferecida pela Procuradoria do TJD, aponta que o clube teria usado nove jogadores, nessas circunstâncias, em três jogos: Lajeadense 1x0 Bagé (15 de agosto, 1ª rodada); Bagé 0x1 São Paulo-RG (19 de agosto, 2ª rodada) e Guarani-VA 1x2 Bagé (26 de agosto, 4ª rodada).
Conforme o art.214 do CBJD, a punição é de três pontos por cada jogo, mais os pontos que foram obtidos. No caso do Bagé, os 12 pontos são distribuídos da seguinte forma: nove pelos três jogos e os três da vitória sobre o Guarani-VA.
O diretor Rafael Alcalde, que está provisoriamente a frente do clube, defende que essa irregularidade não se aplicaria ao Bagé, pois o atleta questionado pela denúncia atuou na fase “preliminar” da série A carioca, e não na fase principal.