Cidade
Embargo à carne brasileira na China pode acarretar queda no valor do produto no mercado interno
por Melissa Louçan
Desde o início deste mês, a China embargou a importação de carne brasileira após a confirmação de dois casos atípicos do “mal da vaca louca”. E até o momento, não há previsão de retomada das exportações, mesmo diante da tentativa de negociações entre o governo brasileiro junto ao chinês após o parecer da Organização de Saúde Animal (OIE), que considerou o Brasil como risco insignificante para a doença.
Especialistas acreditam que a situação da pecuária de corte pode ser ainda mais agravada - após quase um mês do embargo - caso a situação não seja revertida nos próximos dias.
Por outro lado, a situação pode acarretar uma queda no valor do produto para os consumidores domésticos. Isto porque a suspensão da negociação com a China pode aumentar a demanda do produto no mercado nacional e, consequentemente, a queda no valor.
Diante disto, o Marfrig, que possui, na América do Sul, treze plantas habilitadas para China - sendo sete no Brasil, quatro no Uruguai e duas na Argentina - informou que no acumulado dos primeiros seis meses do ano, as exportações brasileiras da Marfrig para o mercado chinês representaram 5,6% da receita líquida consolidada.
Sem previsão de reflexo para o número de abates na planta de Bagé, o Marfrig informou, ainda, que acredita “que a situação está dentro dos parâmetros regulares envolvendo questões sanitárias e espera que as exportações sejam retomadas em breve”.