Cidade
Arroios devem receber mais de 100 metros de ecobarreiras em projeto-piloto
por Melissa Louçan
Com o objetivo de conter o lixo flutuante lançado nos arroios da cidade, o Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb) anunciou o início da operação do projeto Ecobarreiras. Ao todo, devem ser instalados 100 metros de ecobarreiras na ponte da Ernesto Médici, no arroio da Tábua, e na ponte do Passo do Onze, no arroio Bagé, locais onde há grande depósito de lixo e recorrentes entupimentos nos bueiros, causando enchentes. O material deve ser implantado dentro de 30 dias.
Os dispositivos são produzidos com bombonas plásticas e rede e instaladas nas calhas dos corpos d'água para retenção dos resíduos. A ideia da autarquia é que as barreiras permaneçam nos locais de forma permanente para reter o lixo flutuante, que é depositado inadequadamente por algumas pessoas nos arroios.
Os resíduos coletados serão destinados ao Aterro Sanitário de Bagé. A retirada deste lixo retido será feita por máquinas e manualmente pelo Daeb, sempre que houver quantidade suficiente para ser retirar os resíduos.
De acordo com a autarquia, apesar de ser um projeto piloto - onde deve ser testada a melhor forma de aplicação, manutenção e resultados - há intenção de instalar as ecobarreiras em outros locais, assim que forem analisados o funcionamento e eficácia desta primeira fase.
Este tipo de contenção já é utilizado em outras cidades. Um exemplo é Porto Alegre, onde foram instaladas no Arroio Dilúvio. Além disso, a Baía de Guanabara onde, em seis meses de operação de dez ecobarreiras, foram removidas 2.420 toneladas de resíduos sólidos – algo como 13 toneladas por dia.