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Região

Aumento de procura por visitas à região gera mobilização de lideranças do turismo

Agenda com representantes municipais e estaduais debateu ações que garantam a transformação do setor em ferramenta de desenvolvimento

Em 28/08/2021 às 08:00h

por Redação JM

Aumento de procura por visitas à região gera mobilização de lideranças do turismo | Região | Jornal Minuano | O jornal que Bagé gosta de ler
Evento ocorreu na Vinícola Peruzzo, em Bagé | Foto: Felipe Valduga

A paralisação ocasionada pela pandemia do coronavírus ao setor turístico, pelo menos no caso da região da Campanha, serviu para que o segmento se organizasse e planejasse, de forma estruturada, a retomada dos trabalhos visando não apenas o aperfeiçoamento do atendimento, mas alçar voos maiores, com o incremento da oferta. E isto, agora, em um momento em que o controle ao vírus aparenta estar se consolidando, resultou em um aumento da procura por visitas ao Pampa. E para atender esta demanda, lideranças locais se mobilizaram, esta semana, numa espécie de start que trouxe, à Rainha da Fronteira, não apenas representantes dos municípios, mas lideranças políticas dos Executivo e Legislativo gaúcho para uma ampla discussão de possibilidades.

A Vinícola Peruzzo, em Bagé, serviu de palco, na manhã de quinta-feira, dia 26, para um debate que buscou não apenas alinhar estratégias que tornem o setor turístico mais viável ou mesmo transformador do ponto de vista econômico local, mas que provocasse as representações do setor público de modo que haja um reforço da mobilização em prol de apoiar a iniciativa privada em ações em fase de concepção ou mesmo já em desenvolvimento.

Anfitriã do encontro, a presidente da Associação Pampa Gaúcho de Turismo (Apatur), Clori Peruzzo, disse entender que a retomada do setor é consolidada em todo o país. “Achamos por bem chamarmos representantes de todos os municípios para que entendamos a questão da regionalização. Precisamos nos organizar e mostrarmos nosso potencial, mas, acima de tudo, para termos uma conexão”, frisou ao destacar que, no caso da região, a expansão de procura, neste momento de pós pandemia, é perceptível na Campanha mas que, para suprir demandas que se apresentam, é preciso colaboração do setor público, seja através de parcerias ou, basicamente, por meio da garantia da infraestrutura necessária, como estradas em boas condições de trafegabilidade, por exemplo.

Integrante da Apatur, a professora da Urcamp Elisabeth Drumm iniciou o encontro apresentando um resumo das ações já estruturas e mesmo aplicadas e ponderou sobre a necessidade do debate. “É uma grande oportunidade de, pela primeira vez, nos últimos oito anos, o turismo ser pautado pela Assudoeste. É um momento de integração, porque há necessidade de convergência a partir dos projetos que estão sendo desenvolvidos e conectar com outras representações. Todas as governanças juntas”, abordou ao mencionar que, na medida que poder público mostra que há o interesse, o setor privado se dispõe a investir. “Uma das grandes questões seria criar uma pauta de turismo permanente, com uma constância desses encontros”, completou ao frisar que a agenda, por assim dizer, pode ser caracterizada como um primeiro passo neste sentido.

Já o presidente da Associação de Municípios da região Sudoeste (Assudoeste), prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto de Freire Gonçalves, responsável por conduzir o debate, reforçou que o período para o debate é pertinente. “É uma provocação interna nossa, para nossos prefeitos, gestores, vereadores e empresários para este momento que nos desafia. Somos a região mais empobrecida do Estado, desindustrializada, que depende há anos de só uma vocação, mas precisamos associar novas oportunidades. Reconhecemos a nossa história no agronegócio e a necessidade de mais infraestrutura, mas é preciso desenvolver o turismo e a região precisa, cada um, entender seu papel”, comentou ao frisar a importância do alinhamento. “Temos uma gastronomia única, estamos do lado do Uruguai, Livramento é o segundo maior destino do Rio Grande do Sul, mas não podemos deixar o turista só ir ao freeshop fazer compras. Ele precisa viver a experiência do nosso frio, do Pampa, da proximidade com o agronegócio, com o cavalo, gado, ovelhas. Precisamos viver isso, essa possibilidade de sermos quem realmente somos, mas receber quem quer nos conhecer. Todos precisam entender que esse é o nosso caminho”, reforçou ao ressaltar, claro, a necessidade de infraestrutura, como ampliar a rede hoteleira disponível. “Não é só o poder público, é também a iniciativa privada”, concluiu ao adiantar que, em breve, a Assudoeste deve estabelecer uma sede física junto à Urcamp, em Bagé, para servir de base de discussões entre os prefeitos que integram a entidade sempre que necessário e, desse modo, aprimorar das tratativas em prol do segmento.

Presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região da Campanha (Corede Campanha), a reitora da Urcamp, Lia Maria Herzer Quintana, reiterou que o turismo, pode, sim, ser um fator de desenvolvimento regional “Somos a segunda região do Estado que mais tem priorizado este segmento, porque entendemos que o turismo pode gerar mais empregos e distribuir mais renda que qualquer indústria e porque temos potencial. Vejo como uma ferramenta que, dentro de um ecossistema integrado, pode, de fato, alavancar a nossa economia”, destacou.

Secretário estadual vê bom momento

Representando o governo gaúcho no encontro, o secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, fez uma apresentação das iniciativas em desenvolvimento, como a criação de novas rotas turísticas e ferramentas que facilitem a aproximação entre as regiões e os turistas. Destacou, por exemplo, que independentemente da ação proposta, será necessário um olhar mais tecnológico, que permita acesso rápido a informações para o visitante, como a utilização de aplicativos que disponibilizem rotas e locais para uma visita, além, é claro, de um conjunto de preparação de todos os envolvidos para a recepção do visitante. “Enxergo que o principal desafio de quem busca o turismo como desenvolvimento é poder unir cidades e fazer a oferta completa, de um produto que possa ser levado para o bolsão da companhia aérea, para as agências de viagens”, sugeriu ao apontar que, estruturando a rota coletivamente, é possível criar um mecanismo atrativo. “Não tenho dúvida que a Campanha, hoje, é a que consegue ofertar uma diversidade de produtos que muitos países não têm. Temos turismo histórico, cultural, arquitetônico, experiências antigas e novas, como, por exemplo, da rota das oliveiras. Precisamos, agora, é levar para a comercialização desse destino”, argumentou.

Santini, inclusive, reconheceu que o enoturismo vem se destacando localmente. “É um dos mais completos, pela variedade de uvas que produz, de sabores muito peculiares. A Campanha entra com vinhos de qualidade que atraem o paladar da maioria dos brasileiros e muitos internacionais. Acho que se a gente souber levar com mais profissionalismo - porque o setor do enoturismo cresceu muito, pelo aumento do próprio consumo - ele poderia ser maior se já estivéssemos investido mais no e-commerce”, concluiu.

Defesa ao desenvolvimento da Metade Sul

Além do Executivo gaúcho, a Assembleia Legislativa marcou presença no debate através do presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento da Metade Sul, deputado Marcus Vinicius. Ele, ao expor dados apontando para diferenças significativas em termos de geração de riqueza no comparativo com a parte Norte do Estado, disse que é preciso equacionar as disparidades, não criando atritos, mas novas oportunidades para a região Sul. “Não acho que turismo seja a mais rápida das alternativas para o crescimento econômico da região, mas com certeza é a mais saudável, viável e consistente hoje, a médio a longo prazo”, resumiu. Ao exemplificar sua exposição aos presentes, lembrou que o Norte começou a crescer pela industrialização, viabilizada pela priorização de uma política de governos que resolveram investir em infraestrutura e que, claro, mais foi agraciada com recursos públicos. “E o sentimento de pertencimento criado conseguiu manter um ambiente de grupo, de cooperativismo, de associativismo”, completou ao elencar que a mobilização coletiva pode, de fato, trazer reflexos, mesmo diante de algumas dificuldades.“Faltam estradas, pedágios a preços justos”, elencou, sem deixar de reforçar seu apoio à iniciativa regional. “Temos um desafio longo pela frente, que começa pela melhoria das estruturas. E a Frente Parlamentar fará um campo, primeiro, para a gente consiga se identificar. Segundo atualizar nossas listas de prioridades de uma maneira organizada. Estamos trabalhando de uma linha própria de fomento pelo BRDE para o turismo da Metade Sul, aproveitando a expansão das vinícolas. Depois queremos a construção de um Plano Regional, na forma de Lei pelo governo do Estado, que reconheça nossas necessidade. Precisamos encontrar incentivos maiores”, sentenciou.

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